sexta-feira, setembro 25, 2015

Desenhos pitorescos



Repare-se no ponto de exclamação à frente do PAF. Que PP, de resto, fez questão de salientar 

Foto do Paulo Pinto Mascarenhas

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Há umas quantas actividades que eu jamais poderia abraçar. De entre elas, árbitro de futebol e comentador político.

Penso e cultivo um forte de sentimento de solidariedade com Lobo Xavier, por exemplo. Como é que eu conseguiria ontem não agarrar num marcador e numa folha de papel e fazer um desenho que eu cá sei e dizer a Pacheco Pereira para o meter num sítio que eu também sei? E seria despedido na hora, claro, com justa causa.

Não há mesmo condições. Acho que o comentário político poderia até ser uma nobre e interessante actividade. Mas como lidar com gente ressabiada, de juízo obnubilado por carradas de ódio e frustração? Como é que eu conseguiria debater seja o que for com Ferreira Leite? Com que argumentos eu poderia dirimir um conceito ou opinião com o Pedro Marques Lopes, Adão e Silva ou Clara Ferreira Alves? Com Pacheco Pereira, haveria a vantagem de ele ser entendível, porque sempre usa um verbo escorreito e elevado. Já com os outros que referi, as dificuldades começavam logo no entendimento. Como perceber Ferreira Leite, se ela se expressa pior que o irmão a discutir futebol? E se desse um «desvairo» a Pedro Marques Lopes?

Bom, mas não sou nem nunca serei comentador político. Fico-me pela irritação de não conseguir, de todo, ignorar, de vez, estes comentadores/paineleiros. Porque às tantas só mesmo as magníficas séries americanas ou uma boa jogatana de futebol me prenderão à pantalha. E, que diabo, sempre gosto de saber o que vai por aí. Mesmo que já saiba o que muitos vão dizer.

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