Atenção ao dia cinco
Não se trata de opinião. Trata-se de uma manobra fraudulenta
e sem escrúpulos, a afirmação de Pacheco Pereira na «Quadratura» de que a comunicação
social era tradicionalmente de esquerda e que agora é um importante instrumento
de apoio à coligação.
Esta é uma extraordinária afirmação enformada numa
desfaçatez impressionante. Não tenho memória, registo ou informação de alguma vez
um governo ser tão severa e permanentemente fustigado pela Comunicação Social.
Ele era artigos, comentários, cachas, fotografias, notícias tendenciosas,
deformadas, alinhavadas, tudo assente numa evidente técnica de comunicação
segundo a qual mesmo as notícias positivas eram, de imediato, «rodeadas» por
outras negativas (os indicadores do INE são um bom exemplo) que «apagavam» ou
esbatiam as outras.
Foi uma entrada de pé em riste de PP, que faz adivinhar o
que aí vem com o desenrolar da campanha. E preparemo-nos. Se a coligação, por
um qualquer bambúrrio de fortuna, ganhar as eleições, vão ver o que acontece no
dia cinco. Logo no dia seguinte? Perguntou C. Andrade. E acontecerá o quê? Vão
ver, diz Pacheco. E ficamos todos suspensos da catástrofe. Porque só pode
tratar-se de uma catástrofe. Coligação a ganhar a quatro e nós a vermos o que
acontece a cinco.
Chega a tornar-se ridículo.
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Etiquetas: Pacheco Pereira, Quadratura do Círculo
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