quinta-feira, setembro 03, 2015

Atenção ao dia cinco


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Não se trata de opinião. Trata-se de uma manobra fraudulenta e sem escrúpulos, a afirmação de Pacheco Pereira na «Quadratura» de que a comunicação social era tradicionalmente de esquerda e que agora é um importante instrumento de apoio à coligação.

Esta é uma extraordinária afirmação enformada numa desfaçatez impressionante. Não tenho memória, registo ou informação de alguma vez um governo ser tão severa e permanentemente fustigado pela Comunicação Social. Ele era artigos, comentários, cachas, fotografias, notícias tendenciosas, deformadas, alinhavadas, tudo assente numa evidente técnica de comunicação segundo a qual mesmo as notícias positivas eram, de imediato, «rodeadas» por outras negativas (os indicadores do INE são um bom exemplo) que «apagavam» ou esbatiam as outras.

Foi uma entrada de pé em riste de PP, que faz adivinhar o que aí vem com o desenrolar da campanha. E preparemo-nos. Se a coligação, por um qualquer bambúrrio de fortuna, ganhar as eleições, vão ver o que acontece no dia cinco. Logo no dia seguinte? Perguntou C. Andrade. E acontecerá o quê? Vão ver, diz Pacheco. E ficamos todos suspensos da catástrofe. Porque só pode tratar-se de uma catástrofe. Coligação a ganhar a quatro e nós a vermos o que acontece a cinco.

Chega a tornar-se ridículo.

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