Pelo menos até chegar a casa...
Por entre algumas qualidades de razoável amplitude, os
portugueses têm um tremendo defeito, porventura inigualável noutros povos. E na
síndrome, para usar uma expressão de uso corrente e recente de Dono Disto Tudo, somos imparáveis, sempre que que nos convencemos atingir esta condição e fruir
este desiderato. Frequentemente isto costuma dar em gente que noutras condições
não manda em coisa nenhuma, tipo o chefe de secção que lá em casa lava os
pratos senão a mulher manda-lhe com um à cabeça, mas chega ao escritório e
arreganha-se contra toda a gente e exerce a autoridade no único sítio onde consegue
exercê-la.
Longe de mim, mas muito longe de mim, mesmo, estabelecer
comparações com a condição do presidente Joaquim Sousa Ribeiro, não sei sequer
se é casado ou se come em casa, mas que o seu semblante me traz à ideia o que
acabei de escrever, traz. Só comparável, talvez, àqueles árbitros que levam os
jogos de futebol a apitar a toda a hora e distribuir amarelos, antes de
chegarem a casa e terem de ir passear o cão.
Joaquim Sousa Ribeiro uma vez mais conseguiu dar-me azia.
Sobretudo, pondo de parte outras minudências, quando consegue atirar com o princípio
de confiança e de igualdade lá para 2016.
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Etiquetas: Ai Portugal, Tribunal Constitucional
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