quinta-feira, agosto 14, 2014

Pelo menos até chegar a casa...


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Por entre algumas qualidades de razoável amplitude, os portugueses têm um tremendo defeito, porventura inigualável noutros povos. E na síndrome, para usar uma expressão de uso corrente e recente de Dono Disto Tudo, somos imparáveis, sempre que que nos convencemos atingir esta condição e fruir este desiderato. Frequentemente isto costuma dar em gente que noutras condições não manda em coisa nenhuma, tipo o chefe de secção que lá em casa lava os pratos senão a mulher manda-lhe com um à cabeça, mas chega ao escritório e arreganha-se contra toda a gente e exerce a autoridade no único sítio onde consegue exercê-la.

Longe de mim, mas muito longe de mim, mesmo, estabelecer comparações com a condição do presidente Joaquim Sousa Ribeiro, não sei sequer se é casado ou se come em casa, mas que o seu semblante me traz à ideia o que acabei de escrever, traz. Só comparável, talvez, àqueles árbitros que levam os jogos de futebol a apitar a toda a hora e distribuir amarelos, antes de chegarem a casa e terem de ir passear o cão.

Joaquim Sousa Ribeiro uma vez mais conseguiu dar-me azia. Sobretudo, pondo de parte outras minudências, quando consegue atirar com o princípio de confiança e de igualdade lá para 2016.

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