sexta-feira, agosto 08, 2014

Deputar noutra freguesia


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Estamos perante um caso de clara hermenêutica tântrica, um exemplo vivo de yoga transposto para além do bife mal passado ou das moules com frites. O homem não gostou do clima, o homem pensou, a criatura meditou e achava que tudo aquilo era dinheiro a mais. Vai daí, entendeu deputar. E aí vem ele, deputa, não deputa, logo se vê, O que ele não pode é pactuar com um meio onde só o dinheiro conta, havendo tanto para deputar no torrão pátrio. Quem sabe até pelo muito deputar ele chega um dia a presidir. Ele não diz bem a quê, se é presidir à República ou se ao Grupo Desportivo Penelense ou mesmo o União de Coimbra. Logo se vê. Para já, deputa. Presidir, depende de onde ele se sentir necessário e/ou achar que o meio está já suficientemente deputado e não necessite de deputância acrescida.

Entretanto, a Europa perde um deputado. Só me admira é o homem ter levado sete dias a perceber isto tudo. Sobretudo em concluir que entre deputar em Bruxelas ou deputar em Portugal, deputa-se com mais eficácia aqui na terra.

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