Muita gente votou em mim, nas autárquicas, para me dar força para assumir outras responsabilidades.
Esta será a mais lamentável «blague» de um protocandidato a
primeiro-ministro que me ocorre nos últimos tempos. Este homem tem claramente
um problema mas que não me cabe a mim nem a muitos milhares como eu resolver.
Estou cansado desta gente que se guinda à ribalta e, sem que
se saiba exactamente porquê, acha que seja o que for que lhe saia da glote tem o
efeito desejado, para que nele se veja e pressinta o Sebastião que todos
desejamos apareça numa manhã de nevoeiro. Ocorre-me um humorista inglês que num
show a que assisti em Joanesburgo tinha um número em que gritava: Eu sou eu, viva
eu, ninguém é melhor do que eu, eu sou eu, viva eu. Cai-lhe o reposteiro em cima, o
homem morre, vai-se a ver e não era ele, era o primo dele.
A diferença é que toda a gente riu. Com este Costa já ninguém
ri. É uma sensação de desgaste pela mediocridade reinante e pelo convencimento de
que, no fundo, este discurso pega. Muita gente vai para a cama a pensar que
votou no homem para autarca para que um dia ele pudesse assumir outras
responsabilidades. E adormece na paz do Senhor.
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Etiquetas: antónio costa, brincar com coisas sérias
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