Também querem
Ana Drago e Daniel Oliveira são dois exemplos felizes de
como a coisa política funciona aqui na paróquia. Ganhar protagonismo em causas
e políticas que sabem não chegar alguma vez ao poder. Porque o povo português pode
ser politicamente inculto mas não é totalmente estúpido. E isso favorece as
Anas e os Daniéis que se vão notabilizando na esquadria mediática onde, queiramos
ou não, estamos enfiados. Já que é fácil manter uma berraria mais ou menos
controlada sobre o que está mal, havendo tanto o que está mal e sabendo-se como
a grei gosta de ouvir essa berraria, ao mesmo tempo que dispomos de uma importante
percentagem (sem paralelo?) dos chamados idiotas úteis que ajudam à formatação
das personagens.
No caso de Ana (uma cara laroca e simpática e de verbo escorreito)
e de Daniel (grosseirão mas hábil na manipulação por via de ideias que ele sabe
caírem bem), notava-se algum desgaste de imagem e de ideias. Quer pelas suas frequentes
aparições na comunicação social, quer porque ambos perceberam que o terreno
lhes fugia debaixo dos seus determinados pés. Daí se terem atirado a um
«Manifesto» que pouca gente saberá verdadeiramente o que vai manifestar.
Basta-lhes saber que os dois se meteram noutra «estrangeirinha» em que a nossa
política é fértil.
Vale-nos que muitos de nós percebemos que o que
verdadeiramente os move é a necessidade imperiosa de «irem ao pote», expressão
que qualquer deles usou com profusão desde aquela tirada tosca de Passos Coelho,
pois Ana e Daniel querem ir ao pote também. Fizeram as contas e acham que o PS
será a via mais indicada. Por mim… quantos mais Anas e Daniéis engrossarem as alas
socialistas melhor. O problema, esse sim, o problema é eu saber que vou ter de
levar com mais uma série de sessões contínuas de Ana Lourenço sobre o assunto –
ela própria devota no cumprimento do seu mister, que isto de potes não está fácil
e Lourenço não quererá perder o seu.
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Etiquetas: aquecimento blogal, Bloco, Manifesto, pickpoterismo democrático
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