Afinal este chafurdanço é deliberado e vem das tais agências de comunicação social?
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Tento não me deixar arrastar pela pestilência em curso na comunicação social sobre o caso Relvas. Mesmo dando de barato que ontem consegui suportar o Eixo do Mal do princípio ao fim, mau grado a espasmódica Clara Ferreira Alves de cada vez que fala em Sócrates ou a lógica cavernosa do Daniel Oliveira, ou as incongruências de Pedro Marques Lopes. Já o «Expresso»… tenho reagido bem, sobretudo desde que passaram a batuta ao incrível Costa. Foi demais, foi muito violento e acabei mesmo por deixar de comprar o jornal. Como, de há muito, deixei de ler o Público.
Mas voltando à desgraça do Relvas, não consigo evitar um esgar de repulsa por ver como de repente se começou a comparar o tamanho do delito de Relvas, com as equivalências da licenciatura, com o malabarismo de Sócrates. Este, pelo menos, diz a preclara comunicação social, sempre é engenheiro técnico. É absolutamente extraordinário como se consegue, objectivamente desvirtuar o cerne da questão, comparando o facto de pelo menos Sócrates ser engenheiro técnico (entenda-se, aldrabou só um bocadinho) e o Relvas nem isso ser. Esquecem, voluntariamente, digo eu, a base da questão, que ambos são reconhecidamente trafulhas e chico-espertos. Para além de tristemente saloios (no mau sentido, mesmo) ao acharem que ao longo de uma carreira política uma licenciatura vai bem com a gravata…), que é uma coisa em que os nossos deputados, que acabam por ser governantes, são exímios. Tristemente exímios. Mal sabem falar, mal sabem discernir, mas rapidamente aprendem a comprar uma gravata monocromática e a dizer desde logo, nesta matéria e aquilo que são. E, por isso mesmo, a visão de um diploma sobre qualquer coisa lhes saliva a boca e apura o olfacto. A repulsiva promiscuidade entre esta gentinha e os operadores de várias actividades económicas fazem o resto. Incluindo uma licenciatura ou outra.
Tenho de fazer aqui uma ressalva a um punhado de deputados jovens com presença, cultura e sentido de estado. Em várias intervenções se distinguem da mole inculta, ignorante e mal formada em que se movimentam. Eles sabem quem são. Uma nota ainda, já agora que andamos no campo das comparações, convinha não esquecer que Sócrates foi um reconhecido e alegado vigarista, venal e não teve quaisquer escrúpulos em arrastar este país para uma situação insustentável. Relvas, pelo menos que se saiba, ainda não chegou a esse apuro.
Leitura apropriada:
Para que se entendam bem as diferenças entre Relvas e Sócrates, no Porta Da Loja
Os professores de Miguel Relvas na Universidade Lusófona. No Portugal Profundo. Ler enquanto se espera o desmentido do Expresso de que Ricardo Costa não é o pateta que ele se esforça que todos achemos que ele é.
Leitura apropriada:
Para que se entendam bem as diferenças entre Relvas e Sócrates, no Porta Da Loja
Os professores de Miguel Relvas na Universidade Lusófona. No Portugal Profundo. Ler enquanto se espera o desmentido do Expresso de que Ricardo Costa não é o pateta que ele se esforça que todos achemos que ele é.
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Etiquetas: comunicação social, Relvas, Sócrates
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