Castro feliz
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A rádio e a televisão vão dando conta paulatina da série de modificações que se estão a operar em Cuba. A possibilidade de um cidadão cubano se estabelecer por conta própria tem aberto caminho no sector terciário a barbearias, esteticistas, táxis e outras pequenas empresas de transporte, comércio geral e até agricultura. Estas medidas possibilitarão não só o «abate» de um importante contingente de funcionários públicos como, sabe-se bem, provocará um «boost» na economia cubana.
Nenhuma destas boas notícias mereceria mais que isso mesmo, Serem noticiadas como boas para o mundo em geral e para os cubanos em particular. Mas em Portugal as coisas não são bem assim, esta mania que temos de que somos de esquerda não nos permite noticiar estas medidas sem uma auréola de júbilo, não pelas medidas em si mas enaltecendo as vigorosas declarações dos líderes sobre a matéria, durante as quais e com o paternalismo habitual da esquerda, se vai explicando (diligentemente) ao rebanho a necessidade de se proceder a tais medidas em nome do povo cubano, da revolução e como mais uma vitória do povo sobre a hegemonia imperialista.
Esta gente, leia-se líderes da esquerda pré-muro de Berlim, devia ser sumariamente condenada pela opinião pública pela tragédia em que manteve gerações de cidadãos no mais completo obscurantismo ideológico, fazendo deles marionetes e vítimas de regimes que inevitavelmente haveriam de sucumbir ao apodrecimento natural, como aconteceu. Ao invés, pressente-se um certo júbilo na comunicação social autóctone (e não só), uma paciente compreensão e, até, admiração, pela forma quiçá sábia e contemporizadora com que os Castros e comandita se têm entretido a formar engraxates, barbeiros, caixas de pequenos mercados, motoristas de táxis e outros a quem, com grande alívio, têm de deixar de pagar salário. Acresce que, pelo contrário, serão eles agora a pagar impostos ao Estado.
Resta a consolação que Cuba passará a comer melhor, a ter os cabelos mais bem cortados e os sapatos mais bem engraxados. A produção agrícola irá também aumentar mas, sobretudo, o cubano poderá dispor da sua vontade e contribuir para uma economia que mais cedo do que tarde, tirará aquele povo da miséria a que durante décadas foi submetido.
A rádio e a televisão vão dando conta paulatina da série de modificações que se estão a operar em Cuba. A possibilidade de um cidadão cubano se estabelecer por conta própria tem aberto caminho no sector terciário a barbearias, esteticistas, táxis e outras pequenas empresas de transporte, comércio geral e até agricultura. Estas medidas possibilitarão não só o «abate» de um importante contingente de funcionários públicos como, sabe-se bem, provocará um «boost» na economia cubana.
Nenhuma destas boas notícias mereceria mais que isso mesmo, Serem noticiadas como boas para o mundo em geral e para os cubanos em particular. Mas em Portugal as coisas não são bem assim, esta mania que temos de que somos de esquerda não nos permite noticiar estas medidas sem uma auréola de júbilo, não pelas medidas em si mas enaltecendo as vigorosas declarações dos líderes sobre a matéria, durante as quais e com o paternalismo habitual da esquerda, se vai explicando (diligentemente) ao rebanho a necessidade de se proceder a tais medidas em nome do povo cubano, da revolução e como mais uma vitória do povo sobre a hegemonia imperialista.
Esta gente, leia-se líderes da esquerda pré-muro de Berlim, devia ser sumariamente condenada pela opinião pública pela tragédia em que manteve gerações de cidadãos no mais completo obscurantismo ideológico, fazendo deles marionetes e vítimas de regimes que inevitavelmente haveriam de sucumbir ao apodrecimento natural, como aconteceu. Ao invés, pressente-se um certo júbilo na comunicação social autóctone (e não só), uma paciente compreensão e, até, admiração, pela forma quiçá sábia e contemporizadora com que os Castros e comandita se têm entretido a formar engraxates, barbeiros, caixas de pequenos mercados, motoristas de táxis e outros a quem, com grande alívio, têm de deixar de pagar salário. Acresce que, pelo contrário, serão eles agora a pagar impostos ao Estado.
Resta a consolação que Cuba passará a comer melhor, a ter os cabelos mais bem cortados e os sapatos mais bem engraxados. A produção agrícola irá também aumentar mas, sobretudo, o cubano poderá dispor da sua vontade e contribuir para uma economia que mais cedo do que tarde, tirará aquele povo da miséria a que durante décadas foi submetido.
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Etiquetas: comunicação social, cuba, socialismos
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