domingo, abril 26, 2015

Sôdade


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Este magnífico peixe-serra, uma designação imprópria mas que deriva de uma fileira de dentes pequenos, triangulares e acerados como uma lâmina de barbear, é internacionalmente conhecido por spanish mackerel, provavelmente por parecer originário do Golfo do México, mas hoje abundante em todo o mundo, sob cerca de uma vintena de espécies.

Conheço bem este peixe  e apanhei vários, o maior dos quais levou o ponteiro da balança quase, quase, aos 40 kg e era atraído facilmente por rapala ou por pena. Nada disto é muito estranho de contar, apenas reflecti nos muitos pescadores que vejo quase diariamente na costa portuguesa e rejubilam com um robalo de meio quilo e na pródiga natureza que disponibiliza comida boa e farta para muitos povos que hoje se debatem com privações de vária índole, como a fome.

No meu caso, lembro-me que para apanhar um peixe destes eu tinha de navegar cerca de vinte milhas para além do Clube Naval de Maputo. Não resisti a perguntar a este homem da foto (tirada anteontem junto à residência do embaixador do Brasil em Cabo Verde) onde é que ele tinha apanhado este exemplar, que eu penso deva ter entre 22 a 25 kg.

- Ali em baixo, na praia.
- Na praia? Perguntei eu. Ali mesmo na praia, sem barco? E com que isco?
- Sim, na praia. Com choco. Respondeu o homem com simpatia e naturalidade.

Pois…

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