Só pode ter sido sem-querer
É preciso assinalar a robustez (a resiliência, como agora
soe dizer-se profusamente) do CDS-PP. Não me ocorre alguma sondagem em que os
resultados do Partido não sejam estimados em baixa (muito baixa) para depois
verificarmos que afinal não era assim como se estimava. De duas uma, ou as
empresas de sondagem e opinião são geridas por gente incompetente ou ciosamente
cometida à permeabilização dos eleitores a uma ideia falsa, com objectivos inconfessáveis.
No fundo, acho que se torna irrelevante, qual destas premissas
estará certa e ambas são condenáveis. E por norma já não ligo muito ao desterro
do CDS-PP para as ruas da amargura. Mas ouvir gente com a forma e o estilo de
um Pedro Adão e Silva em sermões televisivos formatados pela sua (lá muito dele)
ideologia, eivada por aquele tique escolástico e petulante de que ele não
abdica, afirmar há pouco tempo na SICNotícias que o PS iria ganhar facilmente
na Madeira e que o PSD e CDS, juntos, tentariam atingir os 30%, causa muita
irritação. António Costa Pinto disse que sim, não só mas também e lá ficou
aquilo no ar. Agora que o PSD ganhou maioria absoluta, o CDS se guindou ao
principal Partido da Oposição e o PS foi humilhado, a Ana Lourenço poderia
(deveria) confrontar Adão e Silva com a sua diatribe, talvez até mais pela
forma do que pela substância. Mas ela vai-se esquecer…
Nota:
1 – Não milito no CDS
2 – Depois de ler alguns jornais de hoje fico na dúvida se a
maioria dos comentários produzidos sobre o CDS-PP como primeiro partido da
Oposição relevam do conhecido mau-perder dos socialistas (bem acompanhados pela
generalidade da CS) ou se se limitam apenas a passar um certificado de burrice
ao eleitorado. Porque se sabe que o eleitorado só é inteligente e bem informado
quando vota socialista.
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Etiquetas: brincar com coisas sérias, comunicação social
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