domingo, março 01, 2015

Indecoroso


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Tenho votado ao Syriza e correlativos a indiferença e o desprezo que me merecem as acções de meia dúzia de lunáticos que vêm ao mundo convencidos que vão descobrir a cana para o foguete. Não escondo alguma irritação por algumas das suas acções e pelo foguetório de muita da sua verve idiota, mentirosa e que há-de conduzir a Grécia a um buraco sem fundo de onde dificilmente se safarão. Pior ainda, porque na queda do buraco arrastarão alguns fracos como eles, sem embargo de que esses, pelo menos, se ativeram a uma posição de reflexão que resultou no desenvolvimento de acções adequadas que, mau grado alguns acidentes de percurso estão a dar já resultados. Por muitos «tudólogos» que têm saído ao caminho e sairão sempre, faz parte do compêndio da história que nos há-de (des)carrilar por, quem sabe, mais 900 anos.

Mas há um pequeno incidente, no meio disto tudo, que realmente me eriçou a paciência e me fez apetecer desatar ao estalo. Que haja oposição, que cada um tenha a sua opinião, que cada um discorde, berre e até insulte, é coisa que com mais ou menos resiliência (outro vocábulo muito em uso nesta repartição…) do nosso aparelho gastrointestinal se vai ultrapassando. Mas que o Bloco de Esquerda se tenha prestado a trazer um fedelho malcriado ao Porto, aqui a casa, para papaguear umas macacadas, nas quais usa a prerrogativa que o Bloco lhe conferiu para insultar o nosso primeiro-ministro e me dar lições sobre liberdade já, genuinamente, me chateia. E não é por ser Passos Coelho. Fosse Costa, ou outro, a minha irritação manter-se-ia pela falta de estofo que esta gente do Bloco tem para a sua condição de políticos com legítima representação popular. Era só.

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