De «taxa» arreganhada
Depois da corrente orgástica que percorreu o país com a «charge»
de Pires de Lima sobre as taxas e as taxinhas que aí vinham, António Costa
tratou de dar um cunho de seriedade à coisa e deu à luz umas taxinhas que eu
não sei bem como vão funcionar mas que geram mais uns milhõezitos para a
autarquia.
Um tal vereador Medina tratou de nos explicar na RTP que, ao
contrário do governo, a Câmara não aumenta impostos, mas sim redu-los, no
exacto momento em que nos anunciava a criação das novas taxas. E prometeu que
uma delas era inteiramente para custear bombeiros. A outra, a de €1 para desembarcados
no aeroporto ou no porto de Lisboa é para aqueles que não são de Lisboa mas que
resolveram com ela dormir. Para além desta espécie de prostituição da capital (queres
dormir comigo, tens de pagar), não sei bem como esta última vai funcionar, imagino
que deve estar alguém às chegadas a cobrar um euro junto aos balcões da imigração.
E, provavelmente, para escapar ao pagamento, teremos de apresentar um
certificado de residência, será?
No PS, este tipo de actuação está-lhes no ADN. Esmifrar o dinheiro
dos outros, mas sempre com uma oração de sapiência sobre a bondade das suas
medidas, como fez Medina. António Costa, ao lado, concedia-nos um sorriso
paternal e condescendente. Ou seja, de «taxa arreganhada».
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Etiquetas: António Costa., delícias do socialismo, impostos e taxas
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