terça-feira, novembro 11, 2014

De «taxa» arreganhada


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Depois da corrente orgástica que percorreu o país com a «charge» de Pires de Lima sobre as taxas e as taxinhas que aí vinham, António Costa tratou de dar um cunho de seriedade à coisa e deu à luz umas taxinhas que eu não sei bem como vão funcionar mas que geram mais uns milhõezitos para a autarquia.

Um tal vereador Medina tratou de nos explicar na RTP que, ao contrário do governo, a Câmara não aumenta impostos, mas sim redu-los, no exacto momento em que nos anunciava a criação das novas taxas. E prometeu que uma delas era inteiramente para custear bombeiros. A outra, a de €1 para desembarcados no aeroporto ou no porto de Lisboa é para aqueles que não são de Lisboa mas que resolveram com ela dormir. Para além desta espécie de prostituição da capital (queres dormir comigo, tens de pagar), não sei bem como esta última vai funcionar, imagino que deve estar alguém às chegadas a cobrar um euro junto aos balcões da imigração. E, provavelmente, para escapar ao pagamento, teremos de apresentar um certificado de residência, será?

No PS, este tipo de actuação está-lhes no ADN. Esmifrar o dinheiro dos outros, mas sempre com uma oração de sapiência sobre a bondade das suas medidas, como fez Medina. António Costa, ao lado, concedia-nos um sorriso paternal e condescendente. Ou seja, de «taxa arreganhada».

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