Privilégios
Acabei de ouvir ali nas notícias que Guterres vai mesmo
candidatar-se a PR. Ora aí está a perspectiva de me sentir privilegiado, como
diz o insigne autarca da capital, nos intervalos das obras na Rotunda do Marquês
e das passagens para peões e ciclistas ali na Segunda Circular lisboeta (quero
ver se não morro antes de ver um deles, ciclista ou peão, é indiferente, a cruzar garbosa e ecologicamente a
passagem aérea...).
Pensando bem, tudo junto e somado, tudo se conjuga para eu
emigrar de vez (migrar, agora que ouvi um sociólogo explicar-me na SIC N as
diferenças entre Emigrar, Imigrar e, simplesmente Migrar... o que seria de nós se não fosse esta corrente contínua de ensinamentos). Bastará que Guterres seja eleito, que o FêQuêPê comece a ganhar
campeonatos outra vez e que a esquerda esgalhe por aí mais uns partidos. Ai,
mas é que emigro mesmo. E depois escrevo um artigo a dizer que a culpa foi do Passos
Coelho. Eu sei que se emigrar e o Rui Veloso o fizer também, há uma perda
substancial para todos nós (e isto é se o nosso Sinatra alfacinha não se
chatear de vez com a falta de apoio do ministério da cultura à (agri) cultura
dos manjericos e emigrar também, mas o qu’lhão de fazer, os artistas têm destas idiossincrasias
e há que respeitá-las. Tanto quanto eu que não quero o privilégio Guterrista nem
ter de ouvir o Pinto da Costa a explicar como é que se ganha os campeonatos.
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Etiquetas: futebol, momento político, privilégios
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