Vulvas, vaginas, escrotos, pénis, prepúcios and the like
Estou ao computador e atrás de mim tenho o Manuel Goucha e
aquela loura (que não me ocorre o nome) a fazer perguntas a uma plateia
exuberante, num programa de televisão. A primeira foi sobre o tamanho do pénis:
o que era um pénis grande, um pequeno, quantos centímetros, se um pequeno pode
ser grosso e um grande pode ser fino, quantas vezes aumenta de tamanho… fiquei
a saber que, na erecção, os pequenos podem aumentar quatro vezes e os grandes aumentam só
para o dobro. Mas, em compensação, os grossos aumentam bem mais em diâmetro do que
os finos, que aumentam assim mais para o comprido. A assistência, maioritariamente
sem pénis, ria imenso e concordava ou discordava das várias versões científicas
vindas a lume, soltando risadas entre o alarve e o excitado. Fiquei a saber ainda
o que é um micro-pénis, que é todo o pénis com menos de sete centímetros. Ficou
por esclarecer se erecto se em flacidez.
Já a pergunta seguinte era sobre vaginas. Goucha,
estridente, perguntava sobre que mulheres tinham vaginas maiores, se as gordas
se as magras. As opiniões foram mais ou menos consensuais. Unânimes de todos,
como ouvi, ontem, num programa desportivo. Veredicto: As mulheres, gordas ou
magras, têm as vaginas iguais (o que, à partida, me parece uma sensaboria,
ninguém foi capaz de aduzir umas diferençazitas, para desenjoar), é tudo igual…
Ouvi ainda uma científica prelecção sobre vulvas e a diferença entre vulvas e
vaginas.
Não sei como isto vai acabar, porque interrompi o que estava
a fazer para postar este arrazoado. Sobre vulvas e pénis, uma coisa que, acho,
nunca postei em quase dez anos deste blogue. Mas há sempre uma primeira vez. Os
guinchos de Goucha e as risadas da loura continuam a dar fundo ruidoso à coisa
(às «coisas», literalmente), em fartos decibéis. E agora vou mesmo desligar o
som porque trabalhar com as vaginas no ouvido (quem sabe????) e os pénis em
vaga de fundo, ainda acabo a escrever o que não quero.
Eu não sei bem se há algum significado especial para o facto
de cada vez mais se notar esta tendência das televisões para puxar a brasa à
sardinha, ficando por saber, como neste caso, qual é a brasa e qual é a
sardinha. Basicamente a coisa parece-me é que é tão pueril e idiota, como se se
puxasse a público entretenimento uma versão revista e extrapolada das sessões
de mexer na pilinha, como quando as crianças são ainda bem pequeninas e começam a descobrir prazeres ainda ignotos.
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Etiquetas: coisas extraordinárias, sexo, televisão
6 Comments:
Este comentário foi removido pelo autor.
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Cristina...é Cristina...e, também eu, me entristeço com o nível, quando zappo, o que é raro.
(o seu blog está a triplicar comentários :) )
A vergonha do costume.
A vergonha do costume é patrocinada pelos altos salários que ambos auferem... a palhaçada da dinheiro.
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