Barba «à la mode de chez nous»
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Tem de haver uma razão forte para a grande quantidade de portugueses
que usa barba. Não se trata de uma barba convencional. É uma barba
cuidadosamente desalinhada, meticulosamente rebelde e não maior que uma barba de
meia dúzia de dias.
Naturalmente que uma barba deste tipo tem de dar comichão e
destrói colarinhos de camisas a um ritmo acelerado, para além de não dar muito
jeito para a sopa ou para determinados tipos de sobremesa. Mas tem de ser
assim. Os porquês é que não consigo descortinar. Terei as minhas opiniões mas guardo-as
para mim, primeiro porque não estou verdadeiramente certo de que estejam
correctas, segundo porque me arrisco a que um barbudo me pergunte o que é que
eu tenho a ver com isso ou, pior, afirme que não entende porque é que eu faço a
barba todos os dias.
Mesmo assim é curioso que a barba que refiro, e que de
repente parece ter-se tornado «viral», como agora se diz, marca indubitavelmente
um estereótipo. Normalmente, ainda, enquadrado num determinado cenário. Só a
SIC, por exemplo, conta pelo menos com dez barbudos do tipo referido. E falo só
de figuras conhecidas. Mas não pode ser só uma questão ambiental. Tem de haver
uma razão qualquer. Ainda que uma para cada um dos barbudos, aceito a existência
de uma qualquer afinidade subjacente.
Etiquetas: a culpa é dos acontecimentos, portugueses normalizados
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