terça-feira, julho 23, 2013

Não fosse ele...e Mandela ainda estaria em Robben Island!





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«…De Klerk disse-me que não queria a África do Sul isolada do mundo. Desejava, de seguida, acabar com o apartheid. Respondi-lhe: "Isso é impossível." …»

 …«De Klerk disse-me que não queria a África do Sul isolada do mundo. Desejava, de seguida, acabar com o apartheid. Respondi-lhe: "Isso é impossível." …»

«…De Klerk ficou a pensar. E no dia em que, dadas as melhoras do meu filho, regressei a Lisboa, o ministro Pik Botha esteve de novo no aeroporto à minha espera e disse-me: "Hoje à noite vamos libertar dez prisioneiros políticos, como verá quando chegar a Lisboa. Mas não Mandela." Respondi-lhe: "É bom, mas não consegue resolver o problema do isolamento da África do Sul."…»

«…Passaram as semanas até que Mandela foi finalmente libertado. Foi uma explosão de alegria universal. O apartheid entretanto acabou e Nelson Mandela algum tempo mais tarde foi eleito Presidente da República…»

Estas afirmações de Mário Soares são retiradas da sua crónica do DN de hoje onde, no seu estilo próprio e a par das inanidades do costume sobre a decisão de Cavaco Silva e a providência cautelar da Alfredo da Costa, ele se arvora como que em mentor da libertação de Mandela. Não fosse João Soares ter tido o acidente à saída da Jamba e Mário Soares não ter ido a Pretoria visitá-lo (coisa de que a África do Sul tirou partido e vantagens) e de Klerk não teria libertado Mandela. É caso para nos questionarmos porque é que o Nobel foi atribuído a Mandela e de Klerk e não a Soares. Soares, muito provavelmente, fê-lo.

É penoso arrastar esta criatura pela história e arrostar com a sua inqualificável vaidade e permanentes disparates e pensar na sua objectiva contribuição para o trágico destino de muitos cidadãos. Nacionais e estrangeiros.
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