quinta-feira, julho 25, 2013

Ter lata



O sonho de Costa. De bibicleta à volta do Marquês.

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Já há dias tinha reparado nesta notícia e nesta inenarrável foto.

Ainda hoje dou comigo a pensar na reconhecida capacidade dos socialistas de enaltecerem tudo o que fazem (sobretudo tudo o que não fazem, fazendo de conta que fazem, ou fazem valendo mais que o não tivessem feito). Mas o que verdadeiramente me surpreende é a dinâmica mais ou menos bovina instalada nos cidadãos, pela qual se demonstra uma total indiferença por aquilo que os socialistas não fazem, ou fazem mal e pela alacridade com que se colam a campanhas histéricas de cada vez que outros fazem o que deve ser feito, em nome do interesse do colectivo.

Um exemplo recente foi o autêntico reboliço criado à volta de um túnel idealizado e feito por Santana Lopes (uma obra que hoje ninguém discute e que de há muito provou a sua extrema utilidade) e que incluiu anos de atraso e prejuízos de vários milhões de dólares, porque um Zé que achava que nos fazia uma falta imensa achou por bem embargar e complicar. E depois olhamos para esta reunião em que o actual presidente, razoavelmente conhecido pela baralhada que provocou na rotunda do Marquês e dumas obras na baixa em nome dos cidadãos que devem andar pé ou de bicicleta, teve a desfaçatez de, sem se rir, dizer:

Nós lemos isto, pasmamos e depois deitamo-nos a fazer contas à tripla acção de António Costa, apesar dos bloqueios e desatamos logo a pensar no rigor em alternativa ao culto da austeridade, seja o que for que isso queria dizer, mas, como se sabe, os socialistas têm uma competência rara, qual seja a de dizer o que lhes vem à cabeça, achar que os outros entendem e, mais grave, as pessoas não entendem, mas acham que eles têm razão.

Faltava a Helena Roseta. Agora é que vai ser. Costa, Roseta e Zé faz falta vão-se fartar de fazer coisas boas em Lisboa. Apesar dos bloqueios.
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