Se eu fosse à manifestação
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Estas seriam as rimas que eu ostentaria, em cacharolete, respigadas e roubadas de uma extensa lista do João Miranda e do JCD:
Assim a gente não se amanha, que pague a Alemanha
Não votamos nela, mas adoramos a Manela
Estamos em estado de necessidade, queremos investimento público de proximidade.
A taxa tira-nos o tesão, dêem-nos inflação.
Com a bicefalia, isto não falia.
Gaspar, tu vê lá se danças, queremos o António Sala nas Finanças
O Paulo Campos fez-me um coito, agora ando sozinho na A8.
Se não acabas com o imposto, o Luisão dá-te um encosto.
Tenham colhões, cortem antes nas Fundações
Passos bandido onde tens o dinheiro das PPP escondido?
A taxa é um entalanço, cortem antes no Betencourt Picanço.
Queremos público investimento, e política de crescimento.
Foderam o túnel do Marão e o TêGêVê pró Poceirão
Não me lixem a posição, obriguem a Conceição, a pagar mais contribuição.
Não vou à manifestação, vou antes ao mexilhão.
Não me aumentem a taxa, tirem antes à Natacha
Chega de cravos, queremos o Sérgio Lavos.
Troika assassina, vota Catarina.
Chega de maçada, a troika está errada.
Fartos desta ditadura, ouçam o Boaventura.
A troika que se lixe, Soares é qu’era fixe.
Nem net posso pagar p’ra ler o jugular.
Nós não queremos confusões, só lemos o Corporações.
A RTP é nossa, tirem-na da fossa.
Paz, pão, povo e liberdade; queremos RTP, não queremos austeridade.
Queremos alimentação, saúde e televisão.
Gostas de estar na corda bamba? Tens que votar Galamba.
Protege o teu futuro, abstém-te com o Seguro.
Fartos de austeridade, escondam-me a verdade.
O povo não é demente, Sócrates a presidente.
Despedir é imoral, morte ao capital.
Casas para todos e dinheiro aos rodos.
BCE é nosso amigo, Draghi estamos contigo.
Não queremos uma bolha, não estudei p’ra ser trolha.
Defender a educação com 100% de aprovação.
Federação da Europa, damos Madeira à troca.
Leite só a Manuela, Nogueira p’ra Venezuela.
Do Douro à Beira Interior, paga as SCUTs faxfavor.
Tás farto de dizer Yes? Vota pela URSS.
Tenho fome, não é truque; já o disse no Facebook.
Temos é que protestar, ist’é pior qu’o Salazar.
Queremos revolução, abaixo o centrão.
Eu gasto o qu’eu quiser, quem paga é a chanceler.
Não há dinheiro onde? Perguntem ao Hollônde.
Dá dinheiro p’rá’qui, seu porco nazi.
A Europa é uma só, de burros a pão-de-ló.
Não q’remos submarinos, não somos assassinos.
A esperança é grande, votamos no Hollande.
Isto é conspiração, dos da circuncisão.
Não fechem o obstétrico, q’remos carrinho eléctrico.
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Etiquetas: e a luta que nunca mais acaba, manifestação
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