Tédio
[4462]
O Público, jornal que cada vez mais me parece um órgão oficioso do Bloco de Esquerda, mas isto digo eu que tenho azia se não tomar os remédios, deu mais antena a Mário Soares, como é de bom-tom a um jornal de referência, entendendo-se por referência, por exemplo, dar antena aos Soares do nosso descontentamento e perfilando-os como os veneráveis vultos da nossa inevitável (mais tarde ou mais cedo) ascensão à elite dos povos iluminados. E é assim que fui lendo que Soares acha que:
- Merkel é responsável pela decadência da Europa, parece que por vir da Alemanha do Leste e de um país que já provocou duas guerras (não a mandou coser meias para casa, como costuma, mas faltou pouco);
- Merkel é uma senhora muito atrevida e que teve o topete de chamar preguiçosos aos gregos, logo eles, nascidos e criados no berço da nossa civilização;
- Isto, para a Europa entrar nos eixos tinha de passar por ser o BCE a emitir moeda. O dinheiro circulava por aí e não havia problema nenhum. Confesso que não percebi bem o alcance desta tirada de Soares, presumo que, à boa maneira socialista, quando o dinheiro faltasse mandava-se imprimir umas notas e já ninguém devia nada a ninguém.
Soares desfia um chorrilho, avançado numa Oração de Sapiência no Instituto Politécnico de Leiria. Lá mais para o fim, ele acha que a Europa tem de meter as agências de rating na ordem e acabar com a ladroagem dos países fiscais.
Soares dixit. Uma vez mais não disse nada para além do jargão habitual. Coisa inócua, não fosse constituir um indicador desmoralizante da forma e da substância com que continuamos a fazer política e a fazer comunicação social cá pela paróquia. Para além do sinal inequívoco da nossa pobreza intelectual. Seria tão bom que a Europa seguisse os conselhos de Soares e metesse, sim, alguma coisa na ordem. Podia era, em vez das agência de rating, meter o próprio Soares. Poupava-nos a estes dislates. Para além de que isso poderia constituir igualmente uma estimável medida de higiene.
.
O Público, jornal que cada vez mais me parece um órgão oficioso do Bloco de Esquerda, mas isto digo eu que tenho azia se não tomar os remédios, deu mais antena a Mário Soares, como é de bom-tom a um jornal de referência, entendendo-se por referência, por exemplo, dar antena aos Soares do nosso descontentamento e perfilando-os como os veneráveis vultos da nossa inevitável (mais tarde ou mais cedo) ascensão à elite dos povos iluminados. E é assim que fui lendo que Soares acha que:
- Merkel é responsável pela decadência da Europa, parece que por vir da Alemanha do Leste e de um país que já provocou duas guerras (não a mandou coser meias para casa, como costuma, mas faltou pouco);
- Merkel é uma senhora muito atrevida e que teve o topete de chamar preguiçosos aos gregos, logo eles, nascidos e criados no berço da nossa civilização;
- Isto, para a Europa entrar nos eixos tinha de passar por ser o BCE a emitir moeda. O dinheiro circulava por aí e não havia problema nenhum. Confesso que não percebi bem o alcance desta tirada de Soares, presumo que, à boa maneira socialista, quando o dinheiro faltasse mandava-se imprimir umas notas e já ninguém devia nada a ninguém.
Soares desfia um chorrilho, avançado numa Oração de Sapiência no Instituto Politécnico de Leiria. Lá mais para o fim, ele acha que a Europa tem de meter as agências de rating na ordem e acabar com a ladroagem dos países fiscais.
Soares dixit. Uma vez mais não disse nada para além do jargão habitual. Coisa inócua, não fosse constituir um indicador desmoralizante da forma e da substância com que continuamos a fazer política e a fazer comunicação social cá pela paróquia. Para além do sinal inequívoco da nossa pobreza intelectual. Seria tão bom que a Europa seguisse os conselhos de Soares e metesse, sim, alguma coisa na ordem. Podia era, em vez das agência de rating, meter o próprio Soares. Poupava-nos a estes dislates. Para além de que isso poderia constituir igualmente uma estimável medida de higiene.
.
Etiquetas: Ai Portugal, Europa, Mário Soares
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home