sexta-feira, novembro 11, 2011

Cada um tem o General Alcazar que merece






















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De quando em vez tratamos, com sucesso, de recordar ao mundo civilizado que mantemos bem acesa a centelha do povo atrasado que fazemos questão em ser. Mais, não chegasse esse atraso, temos de lhe juntar uma embaraçosa porção de complexos, problemas mal resolvidos de pequeninos e, até, racismo em estado puro.

Os disparates de um pateta perigoso como Otelo, um indivíduo aventureiro e de personalidade martelada entre várias acções que em qualquer país do mundo o manteria atrás das grades, voltaram à ribalta, para gáudio de uns quantos agentes de comunicação social, muitos deles quiçá não fazendo ideia do que este homem fez (e quis fazer) aos portugueses que não comungavam do estranho conceito que ele tinha (tem) de liberdade, na altura em que prendeu gente só porque acordava mal disposto, mandou matar gente porque sim e se lembrava de meter o pessoal no Campo Pequeno só porque também. Ele agora quer um golpe de Estado. Deve até ter estudado a situação, pois acha que oitocentos homens chegariam. Há menos quartéis, os portugueses andam mais distraídos e tudo seria mais fácil.

Que continuemos a manter no nosso seio uns quantos Generais Alcazar ou Tapioca, reminiscências de um passado que mesmo já na América latina já não se usa (salvo para os mostrarmos como atracção turística) apesar dos esforços de um ou outro Chávez e Evo Morales, ainda se tolera. Desde que se mantenham quietos e não chateiem o pessoal. Dêem-lhes uma roca, um apito ou um assobio. Sobretudo se ilibados/perdoados por crimes de sangue por razões que, pela parte que me toca, nunca cheguei a entender, mas que Mário Soares deve saber muito bem. Mas que os deixem vir a terreiro dizer barbaridades como estas, é que não. Prendam-nos, exilem-nos, usem mesmo do seu próprio conceito de justiça e dêem-lhes uma carga de porrada, mas que não se permita que esta gentalha continue a chatear.

Nota: No meu tempo havia uma coisa chamada RDM, passava por ser um Regulamento de Disciplina Militar. Por bem menos do que o que Otelo disse, se era detido e, de imediato, se nomeava um oficial de justiça para um auto de averiguações. Hoje, dá a ideia que parece mal. Salvo se for um elemento da extrema-direita, esse, sim, deverá ser exprobrado, preso e, preferencialmente, enforcado ou feito em fricassé aos bocadinhos em lume brando. Otelo, é que não.
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1 Comments:

At 2:20 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

amigo de la eta......

 

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