Sentámo-nos, conversámos e tal e achámos...
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«…encontrámo-nos, começámos a conversar e tal e achámos que há um mal-estar generalizado entre os portugueses…»
Quando Soares se senta, encontra e começa a conversar com alguém, farta-se de achar coisas. Agora achou uma coisa que ainda ninguém tinha dado por ela – a de que há um mal-estar entre os portugueses. Por isso ele acha (lá está ele a achar outra vez) que temos que nos indignar de novo. Que não temos que ter medo da rua árabe e tal (para usar o tal que Soares usou quando conversou e tal já nem sei com quem…) mas, pelo contrário, apela a uma participação cívica e política dos cidadãos. De caminho, Soares acha que aquilo da privatização da RTP não vai dar nada e aquilo acaba por ser passado a um estrangeiro ao peço da chuva. E pergunta: Vamos passar aquilo a um estrangeiro qualquer?
Soares enriqueceu ainda o meu léxico por causa do crescentíssimo desemprego. E eu acho (já agora, deixa-me cá achar qualquer coisa, mesmo não me tendo encontrado com ninguém e conversado e tal) que não há paciência que chegue para o narcisismo e vacuidade deste homem, que continua a achar que os grandes problemas nacionais continuam a ser resolvidos quando se encontra com alguém, toma uma bica e conversa e tal. Para não entrar em pormenores que trariam, por arrasto, mil razões para nos indignarmos, como ele gosta que os portugueses se indignem, com ele próprio.
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«…encontrámo-nos, começámos a conversar e tal e achámos que há um mal-estar generalizado entre os portugueses…»
Quando Soares se senta, encontra e começa a conversar com alguém, farta-se de achar coisas. Agora achou uma coisa que ainda ninguém tinha dado por ela – a de que há um mal-estar entre os portugueses. Por isso ele acha (lá está ele a achar outra vez) que temos que nos indignar de novo. Que não temos que ter medo da rua árabe e tal (para usar o tal que Soares usou quando conversou e tal já nem sei com quem…) mas, pelo contrário, apela a uma participação cívica e política dos cidadãos. De caminho, Soares acha que aquilo da privatização da RTP não vai dar nada e aquilo acaba por ser passado a um estrangeiro ao peço da chuva. E pergunta: Vamos passar aquilo a um estrangeiro qualquer?
Soares enriqueceu ainda o meu léxico por causa do crescentíssimo desemprego. E eu acho (já agora, deixa-me cá achar qualquer coisa, mesmo não me tendo encontrado com ninguém e conversado e tal) que não há paciência que chegue para o narcisismo e vacuidade deste homem, que continua a achar que os grandes problemas nacionais continuam a ser resolvidos quando se encontra com alguém, toma uma bica e conversa e tal. Para não entrar em pormenores que trariam, por arrasto, mil razões para nos indignarmos, como ele gosta que os portugueses se indignem, com ele próprio.
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Etiquetas: comunicação social, Mário Soares, socialismos
2 Comments:
tantos cafés e tantos encontros que tais desde há 37 anos e tal...
Eu acho que alguém lhe devia recomendar a leitura dos "Contos Proibidos".
Depois seria interessante que alguém lhe perguntasse o que ele acha.
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