segunda-feira, janeiro 24, 2011

O verniz


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Dum comentário que deixei num confrade muito estimado e que por se ajustar a alguns outros confrades que me privilegiam com a sua amizade e leitura, resolvi transformar em post.

- Até ver e salvo «alteração aos estatutos», em democracia ganha quem tiver mais votos. De resto, por um voto se ganha. O exercício recorrente que se faz sobre reacções subconscientes do eleitorado, seja em votos nulos, de protesto ou mera abstenção é perfeitamente inócuo na essência do conceito.

Acresce que na maioria dos casos este exercício se ancora na necessidade (por vezes difícil de entender porque provinda de gente escovada) de se justificar resultados que não são exactamente aqueles que gostaríamos tivessem acontecido, ainda que eu admita que não seja o caso vertente. Cavaco Silva é um caso gritante de como a maioria de um povo vota nele e de como o verniz intelectual acha que esse povo foi uma grandessíssima besta, o que é um manifesto exagero, que nem a morte de Mark Twain. Mas a democracia é assim. E o verniz, também. A democracia tem-se aguentado. O verniz... de vez em quando estala.

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