Não há muito mais a dizer...
[4037]
Não vou perder muito tempo com o resultado das eleições. Apenas desfio umas quantas reflexões:
1 – Cavaco Silva ganhou bem. Porque teve a maioria dos votos e, tanto quanto julgo saber, ainda é assim que se ganha as eleições;
2 – Cavaco Silva fez uma campanha limpa, educada e elegante, mau grado não ser reconhecidamente um tribuno para inflamar as hostes como as hostes gostam de ser inflamadas. Ignorou as diatribes dos outros cinco candidatos, «marretas» de serviço ao guião, com a honrosa excepção ao candidato comunista que, seguindo embora as linhas programáticas, pelo menos não perdeu a compostura e mostrou ser uma pessoa educada;
3 – Cavaco Silva deixou-se empolar no discurso da vitória e não resistiu em reagir à vileza da campanha. Poderá ter sido um pouco excessivo, reconheço, mas se ele falou na vileza é porque não há como ignorar que a campanha foi vil - e há alturas na vida em que é preciso chamar os bois pelos nomes;
4 – O folclore da negação da vitória de Cavaco Silva começou segundos depois de se conhecer a projecção dos resultados. Foram tantos os «paineleiros» que de imediato sonegaram o mérito do vencedor para falar em abstenção, problemas de carácter não explicados e o facto repetido à exaustão de que um candidato presidente ganha sempre, que às tantas parecia que Cavaco tinha perdido. Ricardo Costa na SIC Notícias cumpriu bem o seu papel, com aqueles olhitos de esquilo travesso do Central Park e babando-se de vaidade. Também me ficou na retina Miguel de Sousa Tavares, com aquele ar de úlcera péptica e que perorou sobre o ar de «vendetta» de Cavaco. Ficamos assim. E entre a galeria dos preclaros críticos, não posso ainda deixar de referir D. Januário Torgal Ferreira. Na graça do Senhor, na doçura e esperança da Salve Rainha, Mãe de Misericórdia e com a expressão dos degredados filhos de Eva, bolsou uns quantos disparates coléricos sobre a figura do chefe – na circunstância, Cavaco Silva, que é Comandante Supremo das Forças Armadas, onde Torgal Ferreira presta serviço como Bispo;
5 – Dos líderes partidários saliento o discurso inteligente de Sócrates, quando frisou bem que o povo português escolheu a continuidade. Esperemos que o povo seja um bocadinho mais inteligente e que no caso dele não queira a continuidade;
6 – Francisco Louçã tem, necessariamente, que ir ao médico. As veias do pescoço incham, os olhos querem saltar das órbitas, a face ruboriza-se e o homem está claramente à beira de uma crise apoplética um destes dias. Não há que perder muito tempo com semelhante defunto;
7 – Os jornalistas foram iguais a si próprios. A parte cómica foi o homem da SIC, de moto, gritando, com a voz entaramelada pelo frio, que ia tentar que Cavaco baixasse o vidro e dissesse qualquer coisa, 24 de Julho a abaixo. Não sei bem o quê, estava tudo dito. Cavaco não baixou o vidro e o carro acelerou. Uns ingratos, estes presidentes da república;
8 – No país dos «Magalhães» e do Simplex a coisa tinha de dar bota por força da nossa tendência para complicar o que é fácil. Isto nas mesas de voto. Fica por perceber se «a coisa» se ficou a dever à nossa proverbial incúria ou se fez parte de um programa bem mais sofisticado para aumentar a abstenção. Mas também já pouco interessa. De incúrias, estamos esclarecidos e de como os socialistas «salivam» para se meter nestes planos, estamos elucidados.
9 – Eu acho que tanto Carlos César como Santos Silva deveriam demitir-se. Isto se tivessem um pingo de saliva na boca. Terão?
10 – Não é fácil ser prior nesta freguesia. Que não falte a Cavaco Silva o engenho e a saúde para estes cinco anos complicados que aí vêm.
Não vou perder muito tempo com o resultado das eleições. Apenas desfio umas quantas reflexões:
1 – Cavaco Silva ganhou bem. Porque teve a maioria dos votos e, tanto quanto julgo saber, ainda é assim que se ganha as eleições;
2 – Cavaco Silva fez uma campanha limpa, educada e elegante, mau grado não ser reconhecidamente um tribuno para inflamar as hostes como as hostes gostam de ser inflamadas. Ignorou as diatribes dos outros cinco candidatos, «marretas» de serviço ao guião, com a honrosa excepção ao candidato comunista que, seguindo embora as linhas programáticas, pelo menos não perdeu a compostura e mostrou ser uma pessoa educada;
3 – Cavaco Silva deixou-se empolar no discurso da vitória e não resistiu em reagir à vileza da campanha. Poderá ter sido um pouco excessivo, reconheço, mas se ele falou na vileza é porque não há como ignorar que a campanha foi vil - e há alturas na vida em que é preciso chamar os bois pelos nomes;
4 – O folclore da negação da vitória de Cavaco Silva começou segundos depois de se conhecer a projecção dos resultados. Foram tantos os «paineleiros» que de imediato sonegaram o mérito do vencedor para falar em abstenção, problemas de carácter não explicados e o facto repetido à exaustão de que um candidato presidente ganha sempre, que às tantas parecia que Cavaco tinha perdido. Ricardo Costa na SIC Notícias cumpriu bem o seu papel, com aqueles olhitos de esquilo travesso do Central Park e babando-se de vaidade. Também me ficou na retina Miguel de Sousa Tavares, com aquele ar de úlcera péptica e que perorou sobre o ar de «vendetta» de Cavaco. Ficamos assim. E entre a galeria dos preclaros críticos, não posso ainda deixar de referir D. Januário Torgal Ferreira. Na graça do Senhor, na doçura e esperança da Salve Rainha, Mãe de Misericórdia e com a expressão dos degredados filhos de Eva, bolsou uns quantos disparates coléricos sobre a figura do chefe – na circunstância, Cavaco Silva, que é Comandante Supremo das Forças Armadas, onde Torgal Ferreira presta serviço como Bispo;
5 – Dos líderes partidários saliento o discurso inteligente de Sócrates, quando frisou bem que o povo português escolheu a continuidade. Esperemos que o povo seja um bocadinho mais inteligente e que no caso dele não queira a continuidade;
6 – Francisco Louçã tem, necessariamente, que ir ao médico. As veias do pescoço incham, os olhos querem saltar das órbitas, a face ruboriza-se e o homem está claramente à beira de uma crise apoplética um destes dias. Não há que perder muito tempo com semelhante defunto;
7 – Os jornalistas foram iguais a si próprios. A parte cómica foi o homem da SIC, de moto, gritando, com a voz entaramelada pelo frio, que ia tentar que Cavaco baixasse o vidro e dissesse qualquer coisa, 24 de Julho a abaixo. Não sei bem o quê, estava tudo dito. Cavaco não baixou o vidro e o carro acelerou. Uns ingratos, estes presidentes da república;
8 – No país dos «Magalhães» e do Simplex a coisa tinha de dar bota por força da nossa tendência para complicar o que é fácil. Isto nas mesas de voto. Fica por perceber se «a coisa» se ficou a dever à nossa proverbial incúria ou se fez parte de um programa bem mais sofisticado para aumentar a abstenção. Mas também já pouco interessa. De incúrias, estamos esclarecidos e de como os socialistas «salivam» para se meter nestes planos, estamos elucidados.
9 – Eu acho que tanto Carlos César como Santos Silva deveriam demitir-se. Isto se tivessem um pingo de saliva na boca. Terão?
10 – Não é fácil ser prior nesta freguesia. Que não falte a Cavaco Silva o engenho e a saúde para estes cinco anos complicados que aí vêm.
.
Etiquetas: cavaco silva, presidenciais
4 Comments:
Muy Bien!
Também gostei de ouvir os Pacheco Pereira e Vitorino
xx
Excelente comentário.
papoila
Mas que salero :))))
Alexandre Bazenga
Um abraço
Enviar um comentário
<< Home