O Katrina e as chuvas torrenciais no Brasil
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A Helena Matos chama-nos a atenção para este facto e é bem certo. É absolutamente lastimável a diferença de tratamento dada às calamidades nos países dos «governantes maus» e as calamidades ocorridas nos países dos «governantes bons».
Nada disto seria muito grave se não configurasse até o desrespeito tanto pelas vítimas do Katrina, como as vítimas das inundações do Brasil. Há realmente qualquer coisa de muito estranho na fenomenologia política contextualizada pela maré sociológica trazida por aqueles que dividem o mundo entre os bons e os maus. No caso vertente, Bush era o mau, Dilma e Lula são bons. Daí que a cobertura das tragédias obedeça já a mecanismos próprios de análise, cujos mentores, provavelmente, nem se apercebem já de como ou porque o fazem. É porque é assim, porque sim. Uns porque foi assim que os ensinaram nas universidades outros porque sublimaram uma forma de ser e de estar que um dia se perceberá como definitivamente contribuíram para o descalabro final de uma sociedade com todos os ingredientes necessários para funcionar bem e que os idiotas se encarregam de fazer funcionar mal.
E, uma vez mais, esta dualidade de critérios enforma um desrespeito total quer pelas vítimas do Katrina, quer pelos milhares de brasileiros que agora morreram ou se encontram destituídos pela adversidade. Uns pela «adversidade má». Outros, pela «adversidade boa» e na graça do Senhor.
NOTA: Pouco se tem falado na tragédia de Queensland, na Austrália que afectou a própria cidade de Brisbane. Mas foi uma tragédia enorme e os efeitos são devastadores. Para se ter uma ideia, há uma região completamente inundada com uma área semelhante à de França e Alemanha juntas. Morreram 18 pessoas. No Brasil são quase setecentos mortos, um número crescente à medida que se vai descobrindo mais cadáveres.
A Helena Matos chama-nos a atenção para este facto e é bem certo. É absolutamente lastimável a diferença de tratamento dada às calamidades nos países dos «governantes maus» e as calamidades ocorridas nos países dos «governantes bons».
Nada disto seria muito grave se não configurasse até o desrespeito tanto pelas vítimas do Katrina, como as vítimas das inundações do Brasil. Há realmente qualquer coisa de muito estranho na fenomenologia política contextualizada pela maré sociológica trazida por aqueles que dividem o mundo entre os bons e os maus. No caso vertente, Bush era o mau, Dilma e Lula são bons. Daí que a cobertura das tragédias obedeça já a mecanismos próprios de análise, cujos mentores, provavelmente, nem se apercebem já de como ou porque o fazem. É porque é assim, porque sim. Uns porque foi assim que os ensinaram nas universidades outros porque sublimaram uma forma de ser e de estar que um dia se perceberá como definitivamente contribuíram para o descalabro final de uma sociedade com todos os ingredientes necessários para funcionar bem e que os idiotas se encarregam de fazer funcionar mal.
E, uma vez mais, esta dualidade de critérios enforma um desrespeito total quer pelas vítimas do Katrina, quer pelos milhares de brasileiros que agora morreram ou se encontram destituídos pela adversidade. Uns pela «adversidade má». Outros, pela «adversidade boa» e na graça do Senhor.
NOTA: Pouco se tem falado na tragédia de Queensland, na Austrália que afectou a própria cidade de Brisbane. Mas foi uma tragédia enorme e os efeitos são devastadores. Para se ter uma ideia, há uma região completamente inundada com uma área semelhante à de França e Alemanha juntas. Morreram 18 pessoas. No Brasil são quase setecentos mortos, um número crescente à medida que se vai descobrindo mais cadáveres.
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Etiquetas: bloggers, calamidades, me worry?
4 Comments:
Olá!
Aqui no Brasil as coisas são tratadas na base do: "Na hora a gente resolve". A saúde é assim, a educação é assim, a política é assim. Uma total falta de respeito com o cidadão.
Todos os anos, tragédias desse tipo acontecem em áreas serranas e favelas localizadas em morros. Mas ano após ano, morrem muitos e não se resolve nada.
Muita gente mora nesses locais de risco porque não tem onde morar, ou seja, é mais do que uma simples questão de "catástrofe natural", é um problema urbano que precisa ser tratado com urgência e eficiência.
Na verdade, muitas tragédias poderiam ter sido evitadas se houvesse um controle de habitação naquele local, ou pelo menos um aviso quando a época das chuvas chegasse.
São notícias tristes e infelizmente, muita gente não vai ter um final feliz. Daqui a pouco, ninguém mais toca nesse assunto.
Um abraço,
Ismália .
Concordo. É deprimente percebermos a diferença de tratamento dos assuntos consoante os leaders no poder. Mesmo sem mudar de país o tratamento das notícias é diferente conforme o leader. O katrina teria sido tratado de forma diferente se fosse com o Obama. A limpeza das favelas pela polícia do Rio de Janeiro teria sido uma brutal repressão policial se tivesse sido antes do Lula. É a vida, diria o nosso Guterres!
J.de V.O.
Ismália
«Na hora a gente resolve». E resolvem mesmo?? :)))
JVO
Não podia concordar mais.
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