Os foliões
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Para a esquerda, não há quarta-feira de cinzas. A folia continua e aí está ela celebrando o haaaan... hummm... hannnn… não sei bem, os foliões lá saberão o quê e os porquês. A esquerda nacional congrega o seu folião espírito, simultaneamente. O PS "kimilsungando" o grande líder que, cito alguém algures, tem a espinhosa missão de conciliar a esquerda alegrista com o centro-direita (e isto, como se sabe, é um desígnio nacional), o PC vai até Almada dizer mal do PS e o Bloco vai ao mercado da Ribeira, onde em tempos houve um romance de amor entre a Rita peixeira e um Chico pescador, falar mal do PS e do PC ao mesmo tempo.
Todos eles se rirão. No que se refere a Sócrates, não é bem rir, é mais um esgar, assessorado ao milímetro pelos mesmos que lhe escolhem as gravatas, um sorriso de quem acha que está a cumprir uma missão, mesmo que isso represente o maior descaramento que me ocorre desde António Guterres. Louçã rirá sobretudo naquela altura em que falará da Caixa Geral de Depósitos e Jerónimo… também não é bem rir, é mais a expressão nobre (sente ele) daqueles que acham que os amanhãs cantantes mais tarde ou mais cedo chegarão. Agora parece mais fácil, porque estamos todos a mudar o paradigma, que é a acção mais notória actual das nossas forças políticas. Muito à nossa moda, muda-se o paradigma e está tudo resolvido.
No fim, e por atacado, todos rirão. Não sabemos bem é de quê. Não sabemos, aqueles que pensam que Portugal atravessa um dos mais graves momentos não da sua história, mas da sua viabilidade política, social e económica. E isso, na minha modestíssima opinião bem se fica a dever aos foliões em parada por este fim-de-semana fora. Mas como, bem cá no fundinho, o povo também é folião, lá mais para Domingo à noite, um par de reportagens do povo a beber um copinho e a rir, rir muito que é o que sabemos fazer melhor, ficará a pairar a ideia de que tudo está bem quando acaba em bem.
Quanto aos foliões, eles próprios, provocam-me um imenso mal-estar. Pela falta de seriedade de tudo isto. Pela sua objectiva responsabilidade no preocupante período que atravessamos e porque acham que a folia resolve tudo. Não resolve. Quando muito "resolve-os" a eles. Não resolve mais nada a mais ninguém.
Para a esquerda, não há quarta-feira de cinzas. A folia continua e aí está ela celebrando o haaaan... hummm... hannnn… não sei bem, os foliões lá saberão o quê e os porquês. A esquerda nacional congrega o seu folião espírito, simultaneamente. O PS "kimilsungando" o grande líder que, cito alguém algures, tem a espinhosa missão de conciliar a esquerda alegrista com o centro-direita (e isto, como se sabe, é um desígnio nacional), o PC vai até Almada dizer mal do PS e o Bloco vai ao mercado da Ribeira, onde em tempos houve um romance de amor entre a Rita peixeira e um Chico pescador, falar mal do PS e do PC ao mesmo tempo.
Todos eles se rirão. No que se refere a Sócrates, não é bem rir, é mais um esgar, assessorado ao milímetro pelos mesmos que lhe escolhem as gravatas, um sorriso de quem acha que está a cumprir uma missão, mesmo que isso represente o maior descaramento que me ocorre desde António Guterres. Louçã rirá sobretudo naquela altura em que falará da Caixa Geral de Depósitos e Jerónimo… também não é bem rir, é mais a expressão nobre (sente ele) daqueles que acham que os amanhãs cantantes mais tarde ou mais cedo chegarão. Agora parece mais fácil, porque estamos todos a mudar o paradigma, que é a acção mais notória actual das nossas forças políticas. Muito à nossa moda, muda-se o paradigma e está tudo resolvido.
No fim, e por atacado, todos rirão. Não sabemos bem é de quê. Não sabemos, aqueles que pensam que Portugal atravessa um dos mais graves momentos não da sua história, mas da sua viabilidade política, social e económica. E isso, na minha modestíssima opinião bem se fica a dever aos foliões em parada por este fim-de-semana fora. Mas como, bem cá no fundinho, o povo também é folião, lá mais para Domingo à noite, um par de reportagens do povo a beber um copinho e a rir, rir muito que é o que sabemos fazer melhor, ficará a pairar a ideia de que tudo está bem quando acaba em bem.
Quanto aos foliões, eles próprios, provocam-me um imenso mal-estar. Pela falta de seriedade de tudo isto. Pela sua objectiva responsabilidade no preocupante período que atravessamos e porque acham que a folia resolve tudo. Não resolve. Quando muito "resolve-os" a eles. Não resolve mais nada a mais ninguém.
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Etiquetas: esquerda, esquerda (s), esquerda elegante, esquerda moderna, esquerda requentada, esquerdas pronto
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