A globalização e o aumento das calorias dos hambúrgueres - americanos, claro
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No intervalo das acções para branquear o governo e pedir desculpas a Santos Silva por ter referido que ele gostava de malhar nos sujeitos e nas sujeitas da direita, a RTP mantém a sua linha inflexível de politicamente correcto e de induzir em todos nós um sentimento incontornável de devermos pedir desculpa por existirmos, aqui pelo decadente mundo ocidental.
O tema hoje nos noticiários matinais (a originalidade é fantástica) é a obesidade, coisa de que, imagine-se, já não se falava para aí há vinte e quatro horas. Para isso apareceu um “especialista” que decretou que a culpa de sermos obesos é da globalização e da fast food. Coisa nova, como se vê. "Você sabe", perguntava o "especialista" ao apresentador, "que um hambúrguer americano passou de 400 para 500 calorias?" O apresentador fez aquela expressão para as ocasiões em que queremos dizer ttsss ttsss, esses americanos, só à porrada!... e disse que não, que não sabia.
Vou ficar à espera que a RTP me explique onde é que os americanos foram desencantar as 100 calorias extras dos hambúrgueres que comem. Se aumentaram no peso, talvez para reduzir lucros (sabe-se lá), se usam gorduras piores, talvez chinesas ou, quem sabe, australianas ou neozelandesas, onde há imenso carneiros e, consequentemente, sebo. Lá está – é a globalização a complicar isto tudo.
É por estas e por outras e por este autêntico serviço publico da RTP que me vou atendo à dieta mediterrânica que vou ingerindo ali pelas imediações da Estrela - batatas fritas impregnadas do óleo que anda a fritá-las há oito dias, bifes a escorrer gordura, entremeadas, alheiras e mão de vaca com grão de bico, tudo muito refogado como deve ser e servido naqueles pratos que quando se levantam da mesa deixam o competente círculo de gordura na toalha de papel.
No intervalo das acções para branquear o governo e pedir desculpas a Santos Silva por ter referido que ele gostava de malhar nos sujeitos e nas sujeitas da direita, a RTP mantém a sua linha inflexível de politicamente correcto e de induzir em todos nós um sentimento incontornável de devermos pedir desculpa por existirmos, aqui pelo decadente mundo ocidental.
O tema hoje nos noticiários matinais (a originalidade é fantástica) é a obesidade, coisa de que, imagine-se, já não se falava para aí há vinte e quatro horas. Para isso apareceu um “especialista” que decretou que a culpa de sermos obesos é da globalização e da fast food. Coisa nova, como se vê. "Você sabe", perguntava o "especialista" ao apresentador, "que um hambúrguer americano passou de 400 para 500 calorias?" O apresentador fez aquela expressão para as ocasiões em que queremos dizer ttsss ttsss, esses americanos, só à porrada!... e disse que não, que não sabia.
Vou ficar à espera que a RTP me explique onde é que os americanos foram desencantar as 100 calorias extras dos hambúrgueres que comem. Se aumentaram no peso, talvez para reduzir lucros (sabe-se lá), se usam gorduras piores, talvez chinesas ou, quem sabe, australianas ou neozelandesas, onde há imenso carneiros e, consequentemente, sebo. Lá está – é a globalização a complicar isto tudo.
É por estas e por outras e por este autêntico serviço publico da RTP que me vou atendo à dieta mediterrânica que vou ingerindo ali pelas imediações da Estrela - batatas fritas impregnadas do óleo que anda a fritá-las há oito dias, bifes a escorrer gordura, entremeadas, alheiras e mão de vaca com grão de bico, tudo muito refogado como deve ser e servido naqueles pratos que quando se levantam da mesa deixam o competente círculo de gordura na toalha de papel.
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Etiquetas: cretinismo militante, dietas, globalização
3 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
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Excelente post, com a argúcia do costume. Gostei em particular da descrição dos restaurantes e da "competente" comida da Estrela (que deve ser igual à de todos os outros tristes restaurantes de Lisboa)...
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