Empresários, não
[1844]
A propósito da reforma do Ensino Superior e no meio da alacridade de muitos estudantes a manifestarem-se, ouvi este diálogo entre o repórter de uma televisão e de uma estudante, pareceu-me que da Faculdade de Direito de Lisboa:
Repórter: E porque é que se estão a manifestar?
Estudante: Porque não queremos a empre…pré...per…prer...semp…preliziação do ensino.
R. E porque não?
E. Porque somos contra a privatização, o ensino tem que ser oficial…
R. E porquê?
E. Porque… não queremos, nós sabemos que as empresas, quer dizer, depois lá de trás vêm os empresários. Ainda se fosse o povo, mas não, são os empresários.
Não vale a pena perguntar de quem é a culpa deste tipo de mentalidade (ou mentalização) dos jovens, porque sabemos todos de quem é. Aliás o Partido Socialista não é inocente durante os anos em que colaborou activamente na disseminação doutrinária das malvadezas dos empresários, por oposição aos superiores interesses do povo. Depois, o resultado está á vista. Jovens impreparados e, mais grave, distorcidos sobre as realidades da vida que a eles próprios espera dentro de um par de anos. A não ser, mais grave ainda, que estes jovens já tenham empinado a cartilha e já tenham aprendido os tais sound-bytes para a opinião pública. Depois, como no caso desta estudante de direito de cabelos loiros e aos canudos, é só esperar pelo estágio e um cabide num escritório de advogados, até achar que os empresários são uns gajos porreiros.
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A propósito da reforma do Ensino Superior e no meio da alacridade de muitos estudantes a manifestarem-se, ouvi este diálogo entre o repórter de uma televisão e de uma estudante, pareceu-me que da Faculdade de Direito de Lisboa:
Repórter: E porque é que se estão a manifestar?
Estudante: Porque não queremos a empre…pré...per…prer...semp…preliziação do ensino.
R. E porque não?
E. Porque somos contra a privatização, o ensino tem que ser oficial…
R. E porquê?
E. Porque… não queremos, nós sabemos que as empresas, quer dizer, depois lá de trás vêm os empresários. Ainda se fosse o povo, mas não, são os empresários.
Não vale a pena perguntar de quem é a culpa deste tipo de mentalidade (ou mentalização) dos jovens, porque sabemos todos de quem é. Aliás o Partido Socialista não é inocente durante os anos em que colaborou activamente na disseminação doutrinária das malvadezas dos empresários, por oposição aos superiores interesses do povo. Depois, o resultado está á vista. Jovens impreparados e, mais grave, distorcidos sobre as realidades da vida que a eles próprios espera dentro de um par de anos. A não ser, mais grave ainda, que estes jovens já tenham empinado a cartilha e já tenham aprendido os tais sound-bytes para a opinião pública. Depois, como no caso desta estudante de direito de cabelos loiros e aos canudos, é só esperar pelo estágio e um cabide num escritório de advogados, até achar que os empresários são uns gajos porreiros.
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Etiquetas: estudantes, reforma ensino supeior
5 Comments:
coitadinhos...já vão crescendo com a cartilha do Estado:Estado para estudar e Estado pra dar emprego. eles só têm que esperar.
:)
cristina
É a chamada gente "tudo feito". Tive uma namorada assim, há uns anos. Ao princípio achava graça, depois começou a apetecer-me também fazer qualquer coisa e deu bota, claro :))))
Nota: Esta da namorada foi uma liberdade poética. Mas há por aqui ma certa semelhança...
:)
Todos devíamos saber que os empresários são maus. O ideal é que fôssemos todos da função pública.
O problema é que estas pessoas, mais tarde, vão achar que qualquer exigência do patrão é uma violência e injustiça.
andreu vallès
Obrigado pela visita. tenho de voltar com mais calma ao seu blogue, sou um fan incondicional de Bacelona.
Com licença...
Desculpem lá, mas por princípio não me parece bem a «empre... pré... per... prer... semp... preliziação do ensino». Não estou, com isto, a desdenhar nem empresas nem empresários, nem estou sequer a dizer que as coisas não vão melhorar desse modo. Mas, na melhor das hipóteses, não consigo deixar de ver essa situação como um mal menor, talvez necessário, mas um mal... Isto tudo na base dos princípios, até porque não estou por dentro do que vai, de facto, mudar...
No entanto, uma coisa é eu discordar claramente da eminência desta solução - que discordo! - outra é eu opor-me à sua iminência - que me resigno a aceitar! - e outra ainda é eu subscrever lugares-comuns em discursos vazios como esse que citas - que, obviamente, não subscrevo!
Portanto, lá porque quem vem à rua gritar não sabe o que diz, não quer dizer que aquilo que defende não tenha razão de ser. E lá porque se é contra a "epresalização" do ensino não quer dizer que se queira simplesmente ficar à espera do trabalho do estatal, ou se cultive o papel de vítima proletária...
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