Notas desafinadas nas "centenas de espécies de instrumentos" da orquestra europeia...
Cuidado com a globalização economicista do pastel de nata
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Há um senhor chamado Paulo Tavares e que, aparentemente, é poeta. Admito a minha ignorância mas estamos sempre a aprender. Não fora a pressurosa TSF a ensinar-mo e eu continuaria no obscuro desconhecimento sobre tão poética criatura.
Ora Paulo Tavares vai hoje ao Martinho da Arcada tomar café e comer pastéis de nata, comemorando assim o Dia da Europa (de resto uma iniciativa simpática e com significado, eu que até detesto "dias de" rendo-me hoje à iniciativa, tanto pela essência como pela ideia feliz de os cafés apresentarem especialidades de confeitaria dos países da União Europeia). O pior vem depois. É que dando tempo de antena a Paulo Tavares, julgando eu que iria escutar um ramalhete de observações apropriadas ao dia, de cariz cultural e no sentido do projecto europeu, comecei a ouvir… deixa cá ver se consigo dar uma ideia, não prometendo usar as mesmas as palavras, claro, mas mais ou menos isto:
TSF – Paulo Tavares, então acha que esta é uma ideia feliz?
PT – Claro, mas temos de manter presente o positivo e o negativo porque a identidade individual (?) é um bem precioso e a globalização muito má, a globalização só pode ser espiritual porque não podemos tolerar os regimes ditatoriais e totalitários, por exemplo, numa orquestra há centenas de várias espécies (!…- este ponto de exclamação e reticências são meus) de instrumentos, de modo que a Europa é a orquestra e temos que ser a harmonia, mas a harmonia em liberdade e em esperança dizendo não ao totalitarismo e à opressão e à globalização porque…
TSF – E essa é a mensagem que vai deixar no livro depois de comer o pastel de nata?
PT – Claro, é importante que saibamos distinguir a globalização espiritual da globalização que visa o consumismo e a poesia tem aqui uma palavra a dizer, a poesia é a forma de lutarmos contra a globalização, a globalização só pode se espiritual, não pode ser consumista nem economicista, acho importante que esta consciência se instale na luta contra a globalização e…
Aqui, a conversa começou a ficar fininha e distante, comecei a fazer contas de cabeça género nunca mais leio versos e a pensar mas que critérios são estes para dar tempo de antena a este tipo de gente num dia que, repito, até tem uma essência importante, simpática e de inegável cariz cultural. Para não falar nos pastelinhos de nata…
P.S. Admitindo modestamente a minha ignorância sobre quem é Paulo Tavares ainda fui ao Google, mas o único resultado pessoal que obtive foi um Paulo Tavares nascido no Porto em 1950, engenheiro mecânico, especializado em mecânica de fractura de materiais. Não deve ser o mesmo, presumo eu… mas que há um poeta Paulo Tavares que não gosta da globalização, acha que uma orquestra tem centenas de espécies de instrumentos, gosta de pastéis de nata e nos avisa que temos de estar atentos ao totalitarismo, consumismo e economicismo, há. Fazendo versos, presumo eu. E que se sente na obrigação de no-lo dizer, tanto quanto a TSF se sente na obrigação de o entrevistar. Em FM, a bem da Nação.
Há um senhor chamado Paulo Tavares e que, aparentemente, é poeta. Admito a minha ignorância mas estamos sempre a aprender. Não fora a pressurosa TSF a ensinar-mo e eu continuaria no obscuro desconhecimento sobre tão poética criatura.
Ora Paulo Tavares vai hoje ao Martinho da Arcada tomar café e comer pastéis de nata, comemorando assim o Dia da Europa (de resto uma iniciativa simpática e com significado, eu que até detesto "dias de" rendo-me hoje à iniciativa, tanto pela essência como pela ideia feliz de os cafés apresentarem especialidades de confeitaria dos países da União Europeia). O pior vem depois. É que dando tempo de antena a Paulo Tavares, julgando eu que iria escutar um ramalhete de observações apropriadas ao dia, de cariz cultural e no sentido do projecto europeu, comecei a ouvir… deixa cá ver se consigo dar uma ideia, não prometendo usar as mesmas as palavras, claro, mas mais ou menos isto:
TSF – Paulo Tavares, então acha que esta é uma ideia feliz?
PT – Claro, mas temos de manter presente o positivo e o negativo porque a identidade individual (?) é um bem precioso e a globalização muito má, a globalização só pode ser espiritual porque não podemos tolerar os regimes ditatoriais e totalitários, por exemplo, numa orquestra há centenas de várias espécies (!…- este ponto de exclamação e reticências são meus) de instrumentos, de modo que a Europa é a orquestra e temos que ser a harmonia, mas a harmonia em liberdade e em esperança dizendo não ao totalitarismo e à opressão e à globalização porque…
TSF – E essa é a mensagem que vai deixar no livro depois de comer o pastel de nata?
PT – Claro, é importante que saibamos distinguir a globalização espiritual da globalização que visa o consumismo e a poesia tem aqui uma palavra a dizer, a poesia é a forma de lutarmos contra a globalização, a globalização só pode se espiritual, não pode ser consumista nem economicista, acho importante que esta consciência se instale na luta contra a globalização e…
Aqui, a conversa começou a ficar fininha e distante, comecei a fazer contas de cabeça género nunca mais leio versos e a pensar mas que critérios são estes para dar tempo de antena a este tipo de gente num dia que, repito, até tem uma essência importante, simpática e de inegável cariz cultural. Para não falar nos pastelinhos de nata…
P.S. Admitindo modestamente a minha ignorância sobre quem é Paulo Tavares ainda fui ao Google, mas o único resultado pessoal que obtive foi um Paulo Tavares nascido no Porto em 1950, engenheiro mecânico, especializado em mecânica de fractura de materiais. Não deve ser o mesmo, presumo eu… mas que há um poeta Paulo Tavares que não gosta da globalização, acha que uma orquestra tem centenas de espécies de instrumentos, gosta de pastéis de nata e nos avisa que temos de estar atentos ao totalitarismo, consumismo e economicismo, há. Fazendo versos, presumo eu. E que se sente na obrigação de no-lo dizer, tanto quanto a TSF se sente na obrigação de o entrevistar. Em FM, a bem da Nação.
Stinks...
17 Comments:
123 experiencia
Nunca ouvi falar de tal vate, caro Espumante, mas que deve ser pródigo em patetices, lá isso deve...
Aquele abraço.
Desconheço essa criatura. E já agora fiquei sem curiosidade de conhecer...
LOL!
... eu acho que devias começar a pagar uma mesada à TSF.
Sempre que sintonizas na TSF, ele é com cada post inspirado!!
Beijinhos, alarmistas como o poeta Paulo Tavares,
Sinapse
Usando um termo de um amigo nortenho esse poeta só pode ser um "burróide"!;-)
Um abraço
Paulo Tavares? Quem será mesmo?
Beijinhos
torquato da luz
Jurava que sim :)
Um abraço
marta r
à margem do conhecimento da criatura em apreço, só para informar que tenho uma filha Marta R :))) Exactamente Marta R.
Coincidência ou será que a Margarida Rebelo Pinto tem razão?
Já lá dei um pulinho ao blog que não conhecia. Parabéns.
Sinapse
Eu agora ando inspirado é com o teu zoo. Então o girafão... tirou-me do sério :)))))
beijinhos inspirados
Periférico
Eu nunca ouvi falar do homem, mas parece que não estou sozinho. E quanto ao burróide, conheço o termo, tive um professor de matemática no secundário que era de Viana e usava esse termo muitas vezes. Incluindo comigo :))))
Um abraço
Já agora...
A meio da tarde eu não conseguia abrir o meu blog, tinha cerca de 40 ou cinquenta visitas apenas e não tinha registo de visitas desde as duas da tarde, a não ser page views. Alguém me pode informar se tentou visitar-me e o blog nao abria?
Laura Lara
Oooops, passei por ti como quem salta a fogueira no St António, desculpa :)))
Olha, não faço ideia de quem a criatura seja. Mas isso não é pecado. Pecado é fazer de qualquer coisa uma causa de inflamada militância, de qualquer pastel de nata um desígnio...
:)
Beijinho
Boa noite!
Eu descobri "outro" Paulo Tavares na Internet, também através do Google.
Deve ser o mesmo, atendendo a um trecho que terá escrito (isto é propositadamente ao estilo "telejornal"), que passo a citar:
"Cientista já fizeram muitas experiências com crescimento de plantas com vários estilos de música, e com vacas leiteiras e ficou provado o poder da música para tanto influenciar no crescimento das plantas como no aumento da produtividade de vacas leiteiras dependendo do tipo de música que ouviam."
LOL!
Beijola.
Carlota
Não perdeste tempo :)))))
Beijola
pois uma pessoa fica sem conseguir visitar-te por problemas com a net portáctil e quando aqui chega leva logo com o choque dos pastéis de nata globalizados! Poetas p'ra quê?
Tu pára-me de sintonizar a TSF que isso faz-te mal aos nervos!
125_azul
Se eu paro de ouvir a TSF como é que me rio? Mandas-me anedotas por e-mail?
Outra coisa... que é isso de conheceres o café e os biscoitos do Polana e não me dizeres nada?
:))
Chamo-me Paulo Tavares, sou poeta e não tenho nada a ver com esse senhor. Aliás, nunca comi pasteis de nata no Martinho da Arcada.
Vide atravessandooinverno.blogspot.com
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