Skies of blue...

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Hoje vou descolar. Vou para um jardim com muita relva e um ou outro canteiro de tulipas e de zínias dobradas, que são flores de que gosto muito. Mas predominará o verde da relva e o azul de um céu sem tecto, mesmo que esteja cinzento e a ameaçar chuva. Não que não goste de chuva, mas este fim de semana vai ser sol, relva e flores. Deitado na relva deixarei saír aquela parte de mim que eu conheço tão bem e que tem andado recalcada num corpo algo flácido e meio engordecido por uma decisão que tomei há seis meses quando larguei uma coisa que me andava a matar aos bocadinhos. E essa parte vai subir, muito alto e visitar retalhos que vivi há tão pouco tempo e, todavia, parecem já tão longínquos. Tão diversos como os de um peixe enorme lutando na extremidade de uma linha 0,80 à visão de uma vertente alcantilada sobre o mar. E em cada um deles depositará um beijo ou, pelo menos, uma expressão de saudade do meu olhar cansado pelo período de intenso trabalho que tenho estado a atravessar, mas rejuvenescido sempre que esses mesmo retalhos adquirem vida e concedem a sensação balsâmica das coisas boas por que vamos passando ao longo da vida.

É isso – vou descansar. E sonhar um pouco também.

A todos os meus amigos (aos meus surpreendentes amigos que fui arranjando por este intrincado fenómeno da Blogosesfera) desejo um excelente fim de semana. E sabem? Vou ter saudades vossas. Será isto possível e aplicável àqueles que nunca vi mais gordos?

Bom fim de semana para todos. Abraços para eles e beijinhos para elas (para uma delas é beijola, mas isso ela já sabe…)!