Post plan
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Alguém me explique como é que se faz para podermos fazer um post decente, sobretudo quando já não o fazemos desde sexta feira – claramente um exagero para quem gosta de dizer qualquer coisa todos os dias, mesmo quando não se tem nada para dizer.
É que tenho um milhão de coisas na cabeça, um milhão de coisas para fazer, um milhão de coisas para resolver e, de milhões, só não tenho mesmo o de Euros que era uma coisa que me daria muito jeito, mesmo que a ideia não vá lá muito bem com a esquerda elegante que neste últimos dias faz do debate e da génese poética o primado dos grandes objectivos políticos e vai daí, "pumba", vota em Manuel Alegre porque a opção B cheira a Mariani, a bolo rei e expressão facial de Halloween, Elm Street e assim e, queiramos ou não, continuamos a ser muito destas coisas. Os elegantes claro. De achar que entre um pescador de robalos e caçador de perdizes com jeito para fazer versos e de quem esvoaça o génio do pensamento salvífico das cruas questões que atormentam os portugueses e um provinciano filho de um gasolineiro, ainda por cima Cavaco de nome, emérito exemplar da vulgata algarvia, venha de lá o poeta. Cheira a Argel, a exílio, cheira a elevação de espírito, sonetos e só não cheira a Lisboa porque o homem é de Águeda. E aqui estaria um tema de post, mas não me apetece, e eu já tenho idade para fazer só o que me apetece.
Temos, assim, que não sei que post fazer. A Vieira deu uma boa dica, maltratando o Flight Plan. Estive quase para discordar dela mas depois, vistas bem as coisas, ela tem um bocadinho de razão. Mas só um bocadinho, porque se ela se ativer à matriz do que o filme pretende ser - um thriller intenso e nada mais do que isso mesmo, sem pretensões "shyamalaineans" nem o génio (concordo com ela) do F. Whitaker, concluirá que o filme não é tão mau assim. E eu arriscaria mesmo em dizer que, do meu ponto de vista, foi a melhor interpretação da Jodie, a milhas de distãncia do Silêncio dos Inocentes e a anos luz do Contacto. Mas isto digo eu, que ainda não perdi o gosto de ver alguns filmes como um veículo de puro entretenimento, quando é caso disso. Com pipocas e tudo. E este Flight Plan é manifestamente uma popcornean reason para nos divertirmos e entretermos, apesar de lá para o fim do filme se sentir que tudo é explicado muito à pressa - que o filme já levava noventa minutos e era preciso acabar com aquilo.
Finalmente… o avião é notável. A Airbus saiu-se das tamanquinhas e deu uma banhada na Boeing. É uma máquina extraordinária e todos nós o ficamos a conhecer por dentro.
E olha… sem querer, lá saiu um post!
Alguém me explique como é que se faz para podermos fazer um post decente, sobretudo quando já não o fazemos desde sexta feira – claramente um exagero para quem gosta de dizer qualquer coisa todos os dias, mesmo quando não se tem nada para dizer.
É que tenho um milhão de coisas na cabeça, um milhão de coisas para fazer, um milhão de coisas para resolver e, de milhões, só não tenho mesmo o de Euros que era uma coisa que me daria muito jeito, mesmo que a ideia não vá lá muito bem com a esquerda elegante que neste últimos dias faz do debate e da génese poética o primado dos grandes objectivos políticos e vai daí, "pumba", vota em Manuel Alegre porque a opção B cheira a Mariani, a bolo rei e expressão facial de Halloween, Elm Street e assim e, queiramos ou não, continuamos a ser muito destas coisas. Os elegantes claro. De achar que entre um pescador de robalos e caçador de perdizes com jeito para fazer versos e de quem esvoaça o génio do pensamento salvífico das cruas questões que atormentam os portugueses e um provinciano filho de um gasolineiro, ainda por cima Cavaco de nome, emérito exemplar da vulgata algarvia, venha de lá o poeta. Cheira a Argel, a exílio, cheira a elevação de espírito, sonetos e só não cheira a Lisboa porque o homem é de Águeda. E aqui estaria um tema de post, mas não me apetece, e eu já tenho idade para fazer só o que me apetece.
Temos, assim, que não sei que post fazer. A Vieira deu uma boa dica, maltratando o Flight Plan. Estive quase para discordar dela mas depois, vistas bem as coisas, ela tem um bocadinho de razão. Mas só um bocadinho, porque se ela se ativer à matriz do que o filme pretende ser - um thriller intenso e nada mais do que isso mesmo, sem pretensões "shyamalaineans" nem o génio (concordo com ela) do F. Whitaker, concluirá que o filme não é tão mau assim. E eu arriscaria mesmo em dizer que, do meu ponto de vista, foi a melhor interpretação da Jodie, a milhas de distãncia do Silêncio dos Inocentes e a anos luz do Contacto. Mas isto digo eu, que ainda não perdi o gosto de ver alguns filmes como um veículo de puro entretenimento, quando é caso disso. Com pipocas e tudo. E este Flight Plan é manifestamente uma popcornean reason para nos divertirmos e entretermos, apesar de lá para o fim do filme se sentir que tudo é explicado muito à pressa - que o filme já levava noventa minutos e era preciso acabar com aquilo.
Finalmente… o avião é notável. A Airbus saiu-se das tamanquinhas e deu uma banhada na Boeing. É uma máquina extraordinária e todos nós o ficamos a conhecer por dentro.
E olha… sem querer, lá saiu um post!
11 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Não acredito na tua dificuldade de alinhavar um post, sobretudo quando vejo o jeito com que escolhes as palavras e as pões ao lado umas das outras, como se fosses um verdadeiro artista da palavra.. Que és!
Um beijinho cheio de graxa, já que não tenho mais nada para dizer. Estou a ficar muito, muito burra, como a do anúncio, "tás a ver"?
Eu diria até que és capaz de escrever sobre...cascas de alhos e quando lermos nos cheirar a ... alecrim!
Gota
Aqui está uma "coisa" onde não gasto € 5,00. Deixo para um qualquer dia de tédio, esparramada no sofá ;-)
Não, não, não! O filme é péssimo!!!(mas o post não saiu nada mal, viste?)
;)
Madalena
Nem consigo escrever nada a agradecer, derretido que nem uma barra de chocolate no Verão...
:)
beijinho para ti
Gota
Pôr alho (as cascas) a cheirar a alecrim foi coisa que nunca me ococrreu. mas um dia destes...
Hummm, logo se vê :)
Hipatia
Um dia de tédio esparramada no sofá é um desprdício. Eu sei que não custa €5, mas...
Um dia explicar-me-ás porque detestas o filme.
beijinho
Vieira
Eu não disse que o filme era bom, limitei-me a dizer que ela, a Jodie, era boa (salvo seja, que não faz muito sapatilha para o meu pé...) :)))
Esperava ao menos que tivesses concordado com o facto da interpretacção dela ser muito acima da média e, possivelmente, ao do que ela nos habituou.
:)
O post saiu muito bem!
Viva a inspiração desinspirada!
MCM
Obg pelo coment´rio :)
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