segunda-feira, janeiro 09, 2017

A propósito de nada


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Estão 6 graus. E o sol brilha. Adoro o frio com sol, adoro olhar pelas janelas rasgadas do meu escritório em casa e ver as azedas no jardim, doces de tão amarelas e viçosas. Adoro gente de quem gosto e, felizmente, cheguei a um ponto em que já não me zango com as pessoas de quem não gosto. Apenas as desprezo e as considero um pedaço de desperdício na oficina de Deus, se é que Deus existe, coisa que ainda ando a tratar de confirmar. Adoro o café fresquinho da manhã, puro e sem cápsula, em moagem de máquina, a borbotar no topo da vetusta cafeteira que continua a fazer o melhor café do mundo. Adoro gostar. Mesmo quando temos um rosário de coisas a implicar e a tentar atrapalhar o que eu gosto e não gosto. E adoro dizer coisas, umas coisas assim soltas que parecem não vir a propósito de nada, que não significam nada para ninguém, mas têm um especial significado para mim e mais meia dúzia, muito meia mesmo, de pessoas. Algumas delas muito especiais. E adoro dizer meia dúzia de banalidades que me dão prazer, como estas que agora me ocorreram, quanto mais não seja porque ocupam o espaço de que as coisas más se tentam frequentemente apropriar. E a essas dou cada vez menos importância, o que pode ter um assinalável efeito terapêutico. Por exemplo, depois de algumas tentativas, quebrei o meu costume diário de vir ao computador logo pela manhã com a TV em ruído de fundo, apagando o televisor e proibindo-me de o ligar de novo, pelo menos durante uns quatro ou cinco dias, fazendo uma ou outra excepção, como o Dia Seguinte mais logo e os Olhos nos Olhos depois de amanhã. E ficar-me pela música. Pela Smooth Radio.


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1 Comments:

At 10:15 da manhã, Blogger Unknown disse...

Porque será?

 

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