segunda-feira, maio 09, 2016

As voltinhas do Marão




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"José Sócrates, prime minister, has chosen to delay applying for a financial rescue package until the last minute. His announcement last week was a tragi-comic highlight of the crisis. With the country on the brink of financial extinction, he gloated on national television that he had secured a better deal than Ireland and Greece. In addition, he claimed the agreement would not cause much pain. When the details emerged a few days later, we could see that none of this was true. The package contains savage spending cuts, freezes in public sector wages and pensions, tax rises and a forecast of two years’ deep recession.



You cannot run a monetary union with the likes of Mr Sócrates, or with finance ministers who spread rumours about a break-up. Europe’s political elites are afraid to tell a truth that economic historians have known forever: that a monetary union without a political union is simply not viable. This is not a debt crisis. This is a political crisis. The eurozone will soon face the choice between an unimaginable step forward to political union or an equally unimaginable step back…"

A 9 de Maio, faz hoje exactamente cinco anos, escrevi este post (deferência do Face Booka propósito do artigo abaixo do FT.

É uma vergonha nacional que Sócrates levou a rir, ao mesmo tempo que ia curtindo o dinheiro que o amigo lhe dava. O resto da história, nós sabemos.

Cinco anos depois, um primeiro-ministro sacado das circunvoluções estranhas da legitimidade democrática tem a lata de levar o energúmeno ao Marão para inaugurar um túnel rodoviário. No fim da risada e salamaleques os comentadores costumeiros e a CS acharam que o que realmente interessou se centrou no facto «inaceitável» de Passos Coelho ter faltado à função.

Chegámos ao ponto zero da vergonha. Antes de criticarmos os episódios mirabolantes dos futebóis, devíamos pensar em Costa. Aquele que a Comunicação Social determinou ser um homem com grande capacidade negocial.


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