As voltinhas do Marão
"José Sócrates, prime minister, has chosen to delay applying for a
financial rescue package until the last minute. His announcement last
week was a tragi-comic highlight of the crisis. With the country on the
brink of financial extinction, he gloated on national television that he had
secured a better deal than Ireland and Greece. In addition, he claimed the
agreement would not cause much pain. When the details emerged a few days later, we could see that none
of this was true. The package contains savage spending cuts, freezes
in public sector wages and pensions, tax rises and a forecast of two years’
deep recession.
You cannot run a monetary
union with the likes of Mr Sócrates, or with finance ministers who spread rumours about a break-up.
Europe’s political elites are afraid to tell a truth that economic historians
have known forever: that a monetary union without a political union is simply
not viable. This is not a debt crisis. This is a political crisis. The eurozone
will soon face the choice between an unimaginable step forward to political
union or an equally unimaginable step back…"
A 9 de Maio, faz hoje exactamente cinco anos, escrevi este post (deferência do Face Book) a propósito do artigo abaixo do FT.
É uma vergonha nacional que Sócrates levou a rir, ao mesmo
tempo que ia curtindo o dinheiro que o amigo lhe dava. O resto da história, nós
sabemos.
Cinco anos depois, um primeiro-ministro sacado das
circunvoluções estranhas da legitimidade democrática tem a lata de levar o
energúmeno ao Marão para inaugurar um túnel rodoviário. No fim da risada e
salamaleques os comentadores costumeiros e a CS acharam que o que realmente
interessou se centrou no facto «inaceitável» de Passos Coelho ter faltado à
função.
Chegámos ao ponto zero da vergonha. Antes de criticarmos os episódios mirabolantes dos futebóis, devíamos pensar em Costa. Aquele que a Comunicação Social determinou
ser um homem com grande capacidade negocial.
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Etiquetas: Sócrates, Túnel do Marão, vergonha
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