Tunneled
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Ainda a propósito da
inauguração do túnel do Marão, Pedro Passso Coelho é (sempre foi) um inábil.
Talvez ele tenha pecado por omissão, devia ter dito «nunca inaugurei nada na
companhia de inocentes até condenação transitada em julgado por roubar milhões
aos seus cidadãos e por ter sido responsável por um trágico desenvolvimento da
nossa situação financeira e pelo nosso prestígio internacional». Assim, ficaria
mais completo.
Pasmo em verificar que
de três pessoas comentáveis, Costa, convencido pela prestimosa Comunição Social que é um excelente negociador e
que resolveu abastardar o acto enviando convites improváveis, Sócrates por ter
aceite e Passos por ter recusado, Passos perfilou-se rapidamente como o mais
comentado. O homem (Passos) deve ter mesmo algum valor intrínseco, para ser, de
imediato, eleito como o mais comentado. Eu sei que os seus inimigos não lhe
perdoarão nunca ter sido um homem sério, abnegado, com compostura e com um
elevado sentido de Estado que tentou e conseguiu, na justa medida das
suas aptidões e limitações, o que estava ao seu alcance para devolver aos portugueses o que lhes tinha sido roubado.
Quanto mais não seja pelo contraste gritante com as trágicas políticas dos seus
próceres – muitos deles, como Sócrates, extractos de um caldo labrego e
maniqueísta para os quais o «Reino da Luz» se corporiza no chico-espertismo e o
«Reino das Sombras» na mole idiota e ovina de quem se saca o que se puder, que
a hora é curta.
O episódio do Marão envergonha-me. Fatalmente, do que mais se falou foi
da recusa de Passos Coelho.
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Etiquetas: delícias do socialismo, socialismos, socialismos com água benta
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