sexta-feira, fevereiro 12, 2016

O homem e a mulher novos... o homem novo e a mulher nova...




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O MEC faz uma oportuna consideração sobre o patético uso do «portugueses e portuguesas». A consolação é que muitos dos portugueses (e das portuguesas) se aperceberam de como  a expressão se tornou um tique da alma progressista do homem (e da mulher) novo (e nova) e que é usado exactamente nas condições e no propósito que o MEC refere. O drama é que quem o faz se ufana de estar a fazer bem e a seguir as boas práticas. Não se apercebe do erro e, muito menos, do grau de parolice que a expressão encerra.

Há um outro vício de linguagem, muito corrente mas quiçá menos perceptível. É o «aquilo que é», ou «aquilo que são» (reparem em Centeno e Costa, são recorrentes). O homem novo dirá sempre, por exemplo, os portugueses são fiéis aquilo que são os seus hábitos, nunca dirá os portugueses são fiéis aos seus hábitos. Não se esquecem (daquilo que é) a contracção da preposição e do pronome demonstrativo (naquilo que é) no discurso progressista daquilo que é o homem novo que se preza. Está implícito, desde logo (outro vício corrente) e de certa forma nesta estranha forma de falarmos. E de nos afirmarmos como os arautos e baluartes da parolice pós-moderna, nesta janela de oortunidade que o actual clima político nos oferece.



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