sábado, fevereiro 13, 2016

Agora, aturem-no







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«...O primeiro-ministro, António Costa, disse numa entrevista publicada neste Sábado no semanário Expresso que o PSD se deve libertar do "casulo em que ficou fechado" para que possa regressar "à vida democrática no presente"...»

Andaram, não consigo vislumbrar porquê, a incensar as inatas capacidades de Costa para negociar e estabelecer consensos. O problema é que o homem acreditou e agora julga que deve pôr em execução as suas proclamadas capacidades.

Alguém devia comunicar a este figurão que se houve alguém que se encasulou durante as eleições foi ele próprio. Esteve sempre terminantemente avesso a qualquer entendimento com o PSD/PP. Com a agravante de o ter feito conscientemente, fosse pela pressão que sofria dos socráticos fosse porque vislumbrava,  a prazo, uma vitória que acabou por lhe fugir.

Agora que vê o campo escorregadio e minado por força da habitual destreza da Estrema Esquerda em rasteiras, Costa acha que atrair o PSD pode não só resolver o problema dele (sempre o problema dele, não os nossos problemas) como afirmar a sua reconhecida capacidade (!!!) de negociação e consensos. E é assim que vai dizendo alarvidades, em regime de ondas gravitacionais (coisa de que ele deve ter ouvido falar de raspão nos noticiários dos últimos dias), como as que destaco no início do post.

Não creio que o PSD caia daí abaixo, salvo se Costa conseguir «pachecopereirar» ou «ferreiraleitar» a coisa ou ainda, quem sabe, levar Balsemão a encarreirar Rui Rio. Acontece que estas figuras para pouco contam já para além de debitarem umas patacoadas nas televisões e assumirem, com pundonor, o convencimento da sua condição senatorial no Partido. Pelo que espero, genuinamente, que gente jovem e habilitada do CDS e do PSD, como muitos que se evidenciaram no PAF, digam a Costa que vá «desencasular» para outra freguesia. E até lá, vamos aguentando com as erratas (ridículas e embaraçosas) do orçamento, até isto poder levar uma volta qualquer, provavelmente um resgate e muitos milhares de milhões depois.

Nota: Na foto, o perene sorriso de Costa em versão de Estado.



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