Agora, aturem-no
«...O primeiro-ministro, António Costa, disse numa
entrevista publicada neste Sábado no semanário Expresso que o PSD se deve libertar do "casulo em que ficou
fechado" para que possa regressar "à vida democrática no
presente"...»
Andaram, não consigo vislumbrar porquê, a
incensar as inatas capacidades de Costa para negociar e estabelecer consensos.
O problema é que o homem acreditou e agora julga que deve pôr em execução as
suas proclamadas capacidades.
Alguém devia comunicar a este figurão que se
houve alguém que se encasulou durante as eleições foi ele próprio. Esteve
sempre terminantemente avesso a qualquer entendimento com o PSD/PP. Com a
agravante de o ter feito conscientemente, fosse pela pressão que sofria dos
socráticos fosse porque vislumbrava, a
prazo, uma vitória que acabou por lhe fugir.
Agora que vê o campo escorregadio e minado por força da
habitual destreza da Estrema Esquerda em rasteiras, Costa acha que atrair o PSD
pode não só resolver o problema dele (sempre o problema dele, não os nossos
problemas) como afirmar a sua reconhecida capacidade (!!!) de negociação e consensos.
E é assim que vai dizendo alarvidades, em regime de ondas gravitacionais (coisa
de que ele deve ter ouvido falar de raspão nos noticiários dos últimos dias), como as que destaco no início do post.
Não creio que o PSD caia daí abaixo, salvo
se Costa conseguir «pachecopereirar» ou «ferreiraleitar» a coisa ou ainda, quem sabe,
levar Balsemão a encarreirar Rui Rio. Acontece que estas figuras para pouco contam
já para além de debitarem umas patacoadas nas televisões e assumirem, com
pundonor, o convencimento da sua condição senatorial no Partido. Pelo que espero,
genuinamente, que gente jovem e habilitada do CDS e do PSD, como muitos que se
evidenciaram no PAF, digam a Costa que vá «desencasular» para outra freguesia.
E até lá, vamos aguentando com as erratas (ridículas e embaraçosas) do orçamento,
até isto poder levar uma volta qualquer, provavelmente um resgate e muitos
milhares de milhões depois.
Nota: Na foto, o perene sorriso de Costa em
versão de Estado.
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