Porque é nosso dever recordar
A Helena Matos continua com o saudável hábito de escrever, bem,
sobre temas candentes. No caso sobre uma das maiores tragédias que se abateram
sobre os portugueses, com a particularidade de não terem sido provocadas por
nenhum tsunami, terramoto ou guerra mundial. Foi provocada por gente sem escrúpulos,
de má índole e sem qualquer respeito pela vida de pessoas.
Essas pessoas tinham e têm nome e a Helena tem a virtude de os dar à estampa para que não nos esqueçamos
da trupe vil e oportunista que se aproveitou de um movimento reivindicativo corporativo
para levar a cabo uma das mais tenebrosas acções da nossa história. A memória descritiva
da Helena dá um bom exemplo de como as coisas eram tratadas durante o processo de
descolonização, a índole criminosa de muitos os seus fautores, uns por que eram
loucos e criminosos de pai e mãe, como Rosa Coutinho, outros porque totalmente desprovidos
do conhecimento mínimo que se exigia para tão delicada e importante missão,
como a pataratice malévola e ignorante de um Mário Soares patético que jamais
tinha posto um pé em África, salvo no seu exílio de S. Tomé e outros ainda,
como Almeida Santos com um conhecimento perfeito das colónias que lhe permitia
tirar partido e dividendos da situação. Não hesitaram em actuar da forma como a
Helena descreve, ainda que resumidamente, mas com notável eficiência, sobretudo
do ponto de vista da forma.
Frequentemente penso que este esquerdismo radical, cujo
recrudescimento se tem vindo a notar recentemente, tem a seu favor o factor tempo.
Várias gerações de portugueses têm já uma visão diluída do que foi o processo
de descolonização e o abominável PREC. Por outro lado, por qualquer razão que
me escapa (frequentemente por fluxo hereditário), a elite intelectual tem-se desdobrado na emulação do pensamento esquerdista, provavelmente assente em
vários escândalos de corrupção durante estes 40anos de democracia, sem cuidar
de perceber que a maior parte desses casos são feitos por gente iniludivelmente
ligada ou em nome da esquerda, como Sócrates, Vara e outros de calibre
semelhante. E isso ajuda ao aparecimento de políticos mais ou menos
oportunistas e sem escrúpulos que vão formando Partidos mais ou menos messiânicos
como o Syriza, o Podemos e, ainda recentemente, um inenarrável J. Corbyn no
Labour do RU.
Finalmente, o tristemente exemplo de sermos um país com um
atraso atávico em relação aos restantes países que convida e nutre uma fatia importante
de eleitorado, onde medra ainda um musculado espírito comunista.
Uma brevíssima alusão ao facto de eu próprio, mesmo que
bastante jovem mas já com bebés temporões ter passado por várias situações descritas
pela Helena e, por isso mesmo, me sentir confortado sempre que se traz este
tema a colação (nunca me esquecerei do conhecimento directo que tive de
portugueses entregues pelas nossa FA aos movimentos de libertação para
interrogatório …!!!... uma atitude que me ajudou muito à compreensão da
tremenda fraude e do crime e traição que se estavam a desenrolar aos meus olhos),
sobretudo quando estamos na iminência de entregar, de novo, o poder a um grupo
de gente onde ainda se movimenta uma considerável parte dela, sem escrúpulos, de
má índole ou, simplesmente, ingénuos. E que têm uma difícil relação com a liberdade,
tal como no-lo lembrou um sindicalista há dias, reiterando a ameaça de Jorge Coelho
há uns tempos de que quem se mete com o PS leva. É que leva mesmo
Obrigado Helena pelo seu excelente artigo. E que apareça
alguém a desmentir o que diz.
Etiquetas: Ai Portugal, sufoco socialista
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