quinta-feira, fevereiro 19, 2015

Lembrou-se agora...


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Impressiona a constatação de um orgasmo colectivo que reina por aí depois da ejaculação tardia de Juncker, para manter o nível de pornochachada que o assunto me inspira. Ninguém, que eu tenha lido, se deu ao trabalho de se questionar porque é que Juncker tinha de vir agora com este acto de contrição, em vez de, oportunamente, ter feito reivindicar os seus pontos de vista. Ao contrário, o que se vê é um alarido ensurdecedor e uma erecção de meninges por um discurso patético proferido por um fulano que ainda há dias era vituperado como um amoral e esquemático de como se podia burlar o fisco e, eis senão quando, sai do silvado, cantarolando, muito excitado, um comissário, que num repente e olhar de luz, resplandecente, como a do sol e penetrante como diamante, diz umas tretas e põe a nossa intelligentzia vidrada com a confissão.

No meio de tudo isto dá para pensar é que raio de gente tem em suas mãos o nosso destino. E apetece mandá-los para um confessionário que eu cá sei, mas não digo aqui porque é pecado.

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