Lembrou-se agora...
Impressiona a constatação de um orgasmo colectivo que reina
por aí depois da ejaculação tardia de Juncker, para manter o nível de
pornochachada que o assunto me inspira. Ninguém, que eu tenha lido, se deu ao
trabalho de se questionar porque é que Juncker tinha de vir agora com este acto de contrição, em vez de, oportunamente, ter feito reivindicar os seus pontos de
vista. Ao contrário, o que se vê é um alarido ensurdecedor e uma erecção de
meninges por um discurso patético proferido por um fulano que ainda há dias era
vituperado como um amoral e esquemático de como se podia burlar o fisco e, eis
senão quando, sai do silvado, cantarolando, muito excitado, um comissário, que
num repente e olhar de luz, resplandecente, como a do sol e penetrante como diamante,
diz umas tretas e põe a nossa intelligentzia vidrada com a confissão.
No meio de tudo isto dá para pensar é que raio de gente tem
em suas mãos o nosso destino. E apetece mandá-los para um confessionário que eu
cá sei, mas não digo aqui porque é pecado.
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Etiquetas: a idiotia feita doutrina, comissão europeia
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