Faltava-nos esta
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No tempo das colónias foi a psicossocial Mais tarde foi a chamada discriminação positiva, uma forma de diferenciação quase sempre com efeitos colaterais conducentes a exacerbar ódios e racismo, em países como a África do Sul, Moçambique, Brasil e outros. Na Europa assistiu-se a uma forma mais ou menos camuflada de exercer essa discriminação por via do pensamento novo, do homem novo, dado à solidariedade internacionalista e ao conjunto de «boas práticas» que se convencionou adoptar como alma mater dos cidadãos como deve ser.
Foi toda a vida assim. Faltava-me agora António Costa processar um conjunto de práticas através das quais ele acha que o funcionalismo público beneficiaria da inclusão de imigrantes nos seus quadros. Não vejo como isto seria possível sem a prática, uma vez mais, de discriminação positiva. Sem embargo do reconhecimento das capacidades e competências de muitos imigrantes que se estabelecem em Portugal, esta ideia de Costa não passa, uma vez mais, de conceitos sociais enquistados, quem sabe, até, de uma forma apurada e mal disfarçada de racismo ou, mais prosaicamente, dum pensamento pateta.
Este tema é delicado e abordá-lo da forma que aqui faço pode espoletar opiniões avulso sobre a maldade do meu carácter ou, até, uma putativa associação à perigosíssima Marine Le Pen que ganhou fama de comer imigrantes ao pequeno-almoço. Mas esta é apenas a expressão de cansaço de ter levado toda a vida com campanhas, ou para um lado ou para outro. Por isso mesmo elegi como uma das mais sábias afirmações de sempre, a do actor Morgan Freeman quando uma vez disse que a melhor maneira de se combater o racismo é ignorá-lo. Talvez que a melhor maneira de ter imigrantes na função pública portuguesa seja, exactamente não falar no assunto, encarar a situação com normalidade em vez de termos de ouvir os «Costas» do meu descontentamento a papaguear frases feitas que mais não fazem que contribuir, decisivamente, para aumentar o número daqueles que acham que não devem haver imigrantes coisa nenhuma ao guichet duma repartição.
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Etiquetas: a idiotia feita doutrina, a patine e a falta de solarine, o homem moderno
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