quinta-feira, dezembro 11, 2014

Coisas de primos


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Eu sei que os grandes conflitos radicam em questões familiares. Segundo a «narrativa», até a 1ª guerra mundial resultou do facto de dois primos andarem ao estalo.

No fundo, o status mantém-se nos anais da história e hoje verificamos como o azedume entre dois primos direitos esfrangalha um império financeiro e empresarial de 145 anos e coloca em risco os interesses de dez milhões de portugueses.

A esquerda insiste em achar que este tipo de conflitos tem uma raiz ideológica, porque provinda de um caldo capitalista muito propício a estas coisas. Nada de mais errado. Estes conflitos relevam de vaidades, invejas, ganância, espelhos mágicos e, não menos importante, de matérias de cueca tout court. Para além de que o capitalismo possibilita o escrutínio destes desmandos, enquanto o socialismo os tranca a sete chaves, sendo que entre os socialistas também há vaidosos, invejosos, gananciosos, espelhos mágicos e também abunda a cueca. É bom, portanto, que a esquerda não atire pedras ao telhado do vizinho.

Mas que me encanita eu e mais uns milhões andarmos ao sabor dos humores de primos desavindos, irmãs que precisam de ajuda e cuecas avulso, lá isso encanita.

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