quinta-feira, dezembro 11, 2014

De volta à intriga nacional



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Paulatinamente regressando à intriga nacional, sensibilizam-me dois casos maiores.

Um, o decurso da Comissão Parlamentar ao Banco Espírito Santo. Ouvi várias intervenções e ocorre-me equacionar se algum daqueles ilustres deputados tem envergadura e conhecimentos para discutir questões de gestão bancária com Ricardo Salgado. Uma Comissão Parlamentar estabelece-se para apurar dados e responsabilidades e não para a expressão comicieira frequentemente usada ou, em alternativa, para a exibição narcisista da bem conhecida truculência de José Magalhães.

Outro, esta inusitada greve da TAP, prevista para quatro dias de intenso tráfego entre o Natal e o Fim do Ano, através da qual parece que os empregados não concordam com a privatização da Companhia. Também não dizem onde vão buscar os, números redondos, mil milhões de Euros que devem e para os quais, na minha maneira de ver, de alguma forma terão contribuído.

Esta greve parece-me revestida de um total desprezo pelos interesses de quem trabalha lá fora ou, simplesmente, deseja aqui vir em época festiva, para além de que me suscita sérias cogitações sobre a legitimidade de uma greve apenas porque os empregados não concordam com decisões de fundo sobre a privatização de uma empesa estatal falida. A menos que os empregados dessa empresa achem que os seus concidadãos têm a obrigação de lhes pagar as contas. Mas fundamentalmente, fica-me esta profunda dúvida sobre a legitimidade e legalidade dos vários fudamentos das greves. Não é bem esta a ideia que tenho - esta de fazer greve porque os empregados não querem que as empresas sejam privatizadas.

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