De volta à intriga nacional
Paulatinamente regressando à intriga nacional, sensibilizam-me
dois casos maiores.
Um, o decurso da Comissão Parlamentar ao Banco Espírito
Santo. Ouvi várias intervenções e ocorre-me equacionar se algum daqueles ilustres
deputados tem envergadura e conhecimentos para discutir questões de gestão
bancária com Ricardo Salgado. Uma Comissão Parlamentar estabelece-se para apurar dados e responsabilidades e não para a expressão comicieira
frequentemente usada ou, em alternativa, para a exibição narcisista da bem
conhecida truculência de José Magalhães.
Outro, esta inusitada greve da TAP, prevista para quatro
dias de intenso tráfego entre o Natal e o Fim do Ano, através da qual parece
que os empregados não concordam com a privatização da Companhia. Também não dizem
onde vão buscar os, números redondos, mil milhões de Euros que devem e para os
quais, na minha maneira de ver, de alguma forma terão contribuído.
Esta greve parece-me revestida de um total desprezo pelos
interesses de quem trabalha lá fora ou, simplesmente, deseja aqui vir em época
festiva, para além de que me suscita sérias cogitações sobre a legitimidade de
uma greve apenas porque os empregados não concordam com decisões de fundo sobre
a privatização de uma empesa estatal falida. A menos que os empregados dessa
empresa achem que os seus concidadãos têm a obrigação de lhes pagar as contas. Mas fundamentalmente, fica-me esta profunda dúvida sobre a legitimidade e legalidade dos vários fudamentos das greves. Não é bem esta a ideia que tenho - esta de fazer greve porque os empregados não querem que as empresas sejam privatizadas.
*
*
Etiquetas: BES, comissão parlamentar, greve, TAP
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home