domingo, dezembro 28, 2014

Estranho país, estranha gente


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O salsifré frenético que vai por aí com o livro rejeitado a Sócrates e que lhe havia sido enviado, atenção, pelo pai do Serviço Nacional de Saúde, um livro que comemora os 60 anos de actividade literária (!!!) daquele insigne socialista, promete desencadear profundas reflexões sobre prováveis e indesejáveis patologias em muitas das criaturas dadas às boas práticas.

No que me toca, não consigo entender se a rejeição de uma prenda pelos serviços prisionais de Évora, que se limitaram a cumprir uma lei estabelecida por decreto-lei do próprio recluso (quando ele assinava decretos), sobretudo porque, ao que parece, havia uma lista de pedidos pendentes de 40 prendas feitos só na primeira semana, provocou uma cadeia de reacções baseadas em pura ignorância dos factos ou se são, meramente, imbecis. Há pelo menos, gente que deveria conhecer a lei e não se deixar arrastar pela idiotia corrente.

Entretanto, e para não variar, o grupo folclórico do Eixo do Mal continua a malhar no assunto, mesmo que em abstracto, como ontem fez o esclarecido Pedro Marques Lopes. Clara Ferreira Alves, para desanuviar, foi dizendo, já não sei bem a propósito de quê, que os morcegos são os anjos da guarda dos ratos. Como não há «anjas», espero que as ratas não tenham sido excluídas desta protecção angelical, já que isso ainda pode provocar por aí uma reacção tempestuosa de, sei lá, Isabel Moreira, por exemplo, escrevendo uma crónica sobre a masturbação dos Rodentia, em protesto sobre a desigualdade de género.


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