segunda-feira, março 04, 2013

«Roupa velha»



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Continuo a ter grande dificuldade em perceber se a comunicação social de causas acha mesmo que publicar os dislates de Soares tem interesse jornalístico ou se, num outro prisma, martelar as pessoas com o que Soares diz e escreve serve o propósito dos restos de bacalhau na «roupa velha». Tudo ao molho, mais barulho e aproveitar todos os «restos» que sirvam o propósito de bater no ceguinho.

De resto, há a possibilidade de, por esta via, cada vez se ler menos os jornais e se ver menos as TV’s. Porque ouvir uma criatura manhosa como Soares fazer acusações ao governo de não ouvir nem dialogar, da sua falta de legitimidade, de destruir Portugal, de ser inimigo dos povos e de que o povo indignado uma vez chateou-se e acabou com a monarquia não pode ter outro efeito senão recordar como Soares ouvia e dialogava, por exemplo, a polícia, mesmo que fosse aos berros e insultos, ou o governo, quando era Presidente, da legitimidade de que ele se apropriou ao decidir sobre uma descolonização da forma desonesta como o fez, da destruição que ele causou aos países emergentes da descolonização, para além de Portugal, ou de como foi amigo de vários povos (para além do dele, desde que assalariassem a mulher, bem entendido) e, por fim e para seguir a ordem dos argumentos acima, de se meter na trapalhada de endossar ao povo indignado o fim da monarquia, varrendo a Carbonária Portuguesa para debaixo do tapete.

Soares continua a personagem arrogante, manhosa e indigna e vários jornais continuam a encher páginas com a sua verve maledicente e cretina. Ah! E um «like» num link sobre o tema arrasta centenas de comentários no FB de diligentes progressistas. Num deles cheguei a ler um preclaro jurista que foi sempre contra a pena de morte antes de conhecer Passos Coelho. Não há paciência…
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