E ninguém vai preso?
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Mais uma vez, cerca de cinquenta tontos malcriados foram a
Aveiro chamar ladrão e assassino ao primeiro-ministro. Este tipo de episódios
torna-se recorrente e recolhe, habitualmente, a benevolência da comunicação
social que acha que a liberdade é isto. As pessoas não gostam e dizem que não
gostam. Ora, parece-me que ninguém já hoje discute a liberdade de cada qual se
manifestar em acordo ou desacordo com o que quer que seja. Mas chamar liberdade
a grupelhos que transvazam o seus humores e frustrações por via de uma
ideologia que eles, de todo, desconhecem na sua realidade histórica, parece-me
uma liberdade poética.
Não entendo porque é que tanta gente vai a tribunal
responder por injúrias e outra se passeia incólume pelo país chamando assassino
e ladrão a figuras que, goste-se ou não, são figuras institucionais de um
regime democrático, foram eleitas e representam, em última análise, aqueles que
ora os injuriam. Uns dirão que são os aleijões da própria democracia. Outros,
como eu, acharão que isto mais não é que uma reverência idiota aos desígnios de
um Partido, o PCP, que antes de chamar ladrão ou assassino a alguém deveria ter
medo que lhe caia em cima algum caco de vidro dos telhados que tem.
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Etiquetas: comunistas, comunistas de ocasião
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