segunda-feira, fevereiro 18, 2013

E ninguém vai preso?


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Mais uma vez, cerca de cinquenta tontos malcriados foram a Aveiro chamar ladrão e assassino ao primeiro-ministro. Este tipo de episódios torna-se recorrente e recolhe, habitualmente, a benevolência da comunicação social que acha que a liberdade é isto. As pessoas não gostam e dizem que não gostam. Ora, parece-me que ninguém já hoje discute a liberdade de cada qual se manifestar em acordo ou desacordo com o que quer que seja. Mas chamar liberdade a grupelhos que transvazam o seus humores e frustrações por via de uma ideologia que eles, de todo, desconhecem na sua realidade histórica, parece-me uma liberdade poética.

Não entendo porque é que tanta gente vai a tribunal responder por injúrias e outra se passeia incólume pelo país chamando assassino e ladrão a figuras que, goste-se ou não, são figuras institucionais de um regime democrático, foram eleitas e representam, em última análise, aqueles que ora os injuriam. Uns dirão que são os aleijões da própria democracia. Outros, como eu, acharão que isto mais não é que uma reverência idiota aos desígnios de um Partido, o PCP, que antes de chamar ladrão ou assassino a alguém deveria ter medo que lhe caia em cima algum caco de vidro dos telhados que tem.
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