Grandolar
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Não há como escapar a dizer qualquer coisa. A minha primeira
reacção à «grandolice» de ontem foi esta sensação estranha de tentar perceber
porque é que esta gente não grandolou quando estávamos na mão de um sicrano sem
escrúpulos que chegou a primeiro-ministro por via do voto popular, apesar da
névoa permanente em que ele se movimentou, «aparecendo» num número incontável,
de memória, de negócios mais ou menos obscenos. Obscenidade que seria descartável,
não estivesse em causa o nosso dinheiro. Para além da acção difusa em que
aparecia em numerosos casos de justiça, havia ainda casos indesmentíveis de má
fé, perseguição, mentira e uma indisfarçável impreparação cultural, mau grado a
sua formação de engenheiro mais ou menos. Tudo isto no seio de uma patente
caldeirada entre a justiça e o poder político de que pouca gente saiu limpa.
Ainda agora a leitura recente de alguns posts do José, versando factos nunca
desmentidos, mesmo até porque provavelmente não havia o que desmentir, me fez,
uma vez mais reflectir nesta gente que à altura não se lembrava da Grândola.
Agora que, pelo menos em matéria de seriedade e ausência de «casos» de justiça,
temos um governo que, com mais ou menos competência, mais ou menos erros, tenta resolver a tragédia em que os socialistas nos meteram (pela terceira vez…) a esta gente apetece-lhe grandolar.
Os portugueses sempre se distinguiram por acções que pouca
gente ou ninguém entende. Mas desta vez, estamos a exagerar no absurdo.
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Etiquetas: Ai Portugal, manifestação
2 Comments:
Adorei o verbo GRANDOLAR!
Completamente de acordo! :)
Isabel Mouzinho
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