quarta-feira, março 13, 2013

Não fosse a direita a destruir, a esquerda não parava de criar postos de trabalho



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É preciso um especial equilíbrio filosófico para, depois de ouvir a exortação cretina de Mário Soares a uma guerra civil, ter que aturar Seguro com estas épicas tiradas. Só espero que os 200.000 postos de trabalho que Passos destruiu não tenham atingido os 150.000 que Sócrates criou. Seria uma indizível injustiça.

Estas diatribes socialistas merecem-me um comentário bem curto. Sobre Soares, ao contrário do que muita gente diz, não acho que ele esteja senil. Pelo contrário, mau grado a sua avançada idade continua a dar sinais de uma agilidade mental invejável. O que se passa é que este tipo de acções está no DNA dos socialistas. Entenda-se uma baixa competência generalizada, um populismo fácil, no convencimento de que o povo é estúpido e que só os moralmente superiores estão à altura de lhes guiar o destino. Acresce que na ausência de uma desejável cultura e sentido de Estado, o exercício do «reviralho», no entender deles, é um nobre cometimento, única via decente e moralmente aceitável do desenvolvimento de qualquer país.

Já Seguro me parece um exemplo vivo de uma mediocridade cultivada deliberadamente no período pós revolucionário, no capítulo da educação. Esta rapaziada aprendeu política mais ou menos como as criancinhas aprendem a tabuada manejando uma calculadora. Depois crescem e seguem o rumo que lhes foi traçado no circunstancialismo em que cresceram e vão actuando em conformidade.

Como na cena do episódio do polícia bom e do polícia mau, os socialistas têm o socialista velho e o socialista novo, servindo o mesmo propósito e mantendo a velha matriz. Infelizmente nenhum deles parece aprender seja o que for. O velho, porque não quer, é teimoso, arrogante e empedernido. O novo porque dá o que sabe e a mais não se sente obrigado. E o que lhe deram a saber já vinha moldado pelos princípios do socialista velho.
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