quinta-feira, dezembro 20, 2012

Welcome home


[4823]

Em relação ao meu post anterior, tenho de referir que a TAP funcionou sempre, para mim, como um autêntico refrigério da alma, nos momentos mais «quentes» da minha vida e, ao mesmo tempo, um porto de abrigo e conforto nas muitas (incontáveis…) viagens que fiz na nossa companhia aérea. Quem me conhece sabe que sempre a ela me referi como um modelo de segurança, conforto, eficiência e simpatia. Descontados episódios pontuais, como é bom de entender. Tanto no médio curso, como no longo curso. As próprias ementas a bordo eram geralmente superiores em qualidade às de outras companhias aéreas (e viajei em muitas também) e na antiga «Navigator» era bem conhecida a tábua de queijos e o pormenor dos pastéis de nata. Entrar num avião da TAP em locais remotos e desconfortáveis provocava uma sensação de prazer, segurança e conforto e, mais, um estranho sentimento de regressar a casa.

Sem embargo do que digo em cima, não podemos esquecer que a TAP era em 1975 uma empresa de capitais mistos, em que os interesses do Estado eram minoritários. E com resultados positivos o que, em bom português, significa dava lucros. A história conhecida e a criminosa aventura socialista com as nacionalizações encarregou-se de colocar a TAP numa lista infindável de companhias deficitárias e que se tornaram autênticos sorvedouros dos recursos nacionais. Está aqui um resumo a propósito.

Havia que explicar aos «senhores Teives» isto mesmo e que, portanto, a situação em que a empresa se encontra é insustentável. O resto é retórica patética para a qual já não há paciência.


Agora se a TAP não devia ser vendida ao senhor brasileiro, polaco, colombiano e se ele é amigo do amigo do senhor Dirceu com quem o senhor Lula não tem nada a ver é que é outra conversa. Não tenho dados para avaliar. Mas acho que quem tem o poder de decisão há-de saber o que está a fazer. Continuar a pagar milhões é que não. Tal como pagar ordenados a quem acha que pode driblar a União Europeia e que o Estado deve continuar a sustentar a TAP.
.

Etiquetas: