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Em relação ao meu post anterior, tenho de referir que a TAP
funcionou sempre, para mim, como um autêntico refrigério da alma, nos momentos
mais «quentes» da minha vida e, ao mesmo tempo, um porto de abrigo e conforto
nas muitas (incontáveis…) viagens que fiz na nossa companhia aérea. Quem me
conhece sabe que sempre a ela me referi como um modelo de segurança, conforto,
eficiência e simpatia. Descontados episódios pontuais, como é bom de entender.
Tanto no médio curso, como no longo curso. As próprias ementas a bordo eram
geralmente superiores em qualidade às de outras companhias aéreas (e viajei em
muitas também) e na antiga «Navigator» era bem conhecida a tábua de queijos e o
pormenor dos pastéis de nata. Entrar num avião da TAP em locais remotos e desconfortáveis
provocava uma sensação de prazer, segurança e conforto e, mais, um estranho
sentimento de regressar a casa.
Sem embargo do que digo em cima, não podemos esquecer que a
TAP era em 1975 uma empresa de capitais mistos, em que os interesses do Estado
eram minoritários. E com resultados positivos o que, em bom português,
significa dava lucros. A história conhecida e a criminosa aventura socialista com
as nacionalizações encarregou-se de colocar a TAP numa lista infindável de
companhias deficitárias e que se tornaram autênticos sorvedouros dos recursos
nacionais. Está aqui um resumo a propósito.
Havia que explicar aos «senhores Teives» isto mesmo e que,
portanto, a situação em que a empresa se encontra é insustentável. O resto é
retórica patética para a qual já não há paciência.
Agora se a TAP não devia ser vendida ao senhor brasileiro, polaco,
colombiano e se ele é amigo do amigo do senhor Dirceu com quem o senhor Lula não
tem nada a ver é que é outra conversa. Não tenho dados para avaliar. Mas acho
que quem tem o poder de decisão há-de saber o que está a fazer. Continuar a
pagar milhões é que não. Tal como pagar ordenados a quem acha que pode driblar
a União Europeia e que o Estado deve continuar a sustentar a TAP.
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Etiquetas: TAP
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