Porque é que as coisas simples são tão difíceis de ser entendidas?
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«…Como toda a gente sabe, a Constituição da República Portuguesa
foi feita num clima de pré-guerra civil, que não permitia uma discussão sensata
e moderada sobre o que ela devia ser para servir e não ofender o país. Pior do
que isso: a Constituição foi feita sob a pressão do MFA, do PCP e de várias
facções de revolucionários, que chegaram a acercar a Assembleia e agredir uns
tantos deputados. E, como se isto não chegasse, tirando a esquerda e uma
pequena parte do PS, foi feita com os votos de gente sem a mais vaga
experiência política, que o conformismo indígena levou a concordar com tudo, ou
quase tudo, que o Dr. Cunhal e os comunistas lhe resolviam apresentar.
Progressivamente, as revisões de 1982 e 1989 removeram uma dúzia de aberrações,
com as quais, nem o Estado, nem a economia podiam funcionar…»
O resto deste artigo de VPV pode ser lido na edição papel no
Público de hoje.
Fica a esperança de que a outra dúzia de aberrações seja
removida ainda a tempo de as gerações actuais começarem a achar que «é assim» e
que não há nada a fazer. E, entretanto, pode ser que o PS deixe de cavalgar
esta forma de protagonizar a oposição, ponha a mão na testa e perceba que os
socialistas seriam muito mais considerados e respeitados se se dispusessem a corrigir
uma Constituição que continua a ser um considerável empecilho ao nosso
progresso, bem-estar e justiça social.
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Etiquetas: Portugal
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