segunda-feira, dezembro 24, 2012

E quem não salta...



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Sobre o Artur Baptista da Silva e o orgasmo canhoto decorrente das suas declarações no Expresso da Meia-Noite já toda a gente disse tudo. Menos aqueles que descobriram a via do Nirvana com o homem e ainda não se retrataram, e aqui cabem nomes como o omnisciente Ricardo, director do Expresso, o conspícuo Nicolau Santos (num intervalo de uma qualquer crónica sobre a mãe que teve de retirar artigos de compras num supermercado porque não tinha dinheiro) ou o solene Medeiros Ferreira. O que me parece faltou dizer foi a certeza de que se o homem explanasse ideias ou teorias contrárias ao mainstream do momento, não teria, seguramente, a cobertura mediática que teve. Assim, dizendo aquilo que os jornalistas gostam de ouvir, certos de que o que eles gostam de ouvir é o que os portugueses gostam de ouvir e é o que, em definitivo, os portugueses têm de gostar de ouvir, foi o que se viu. O Baptista como um úbere farto da verdade e as suas afirmações o manancial que nos há-de livrar da secura da nossa ignorância.

Daqui a uns dias já ninguém se lembra do Baptista, o Ricardo continuará a dirigir o Expresso, o Nicolau não deixará de fazer Expressos da Meia-Noite e andar atrás das mães sem dinheiro e os jornalistas e comentadores continuarão a escrever e a comentar uns com os outros e uns para os outros (lá, entre eles). E a falar imenso da Isabel Jonet. Para o público, aquele que compra jornais e consome televisão é que já não dizem coisa com coisa. E mais grave. Perderam, de há muito, a credibilidade.
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