O último reduto?
Este último episódio de ver um Conselheiro de Estado a acusar outro Conselheiro de ser mentiroso, virem depois mais dois Conselheiros desmentirem o primeiro e aparecer ainda um outro a confirmar que sim, que o segundo Conselheiro mentiu mesmo é o fim de uma história triste, de personagens tristes e, sobretudo, indignas de permanecerem no seio de uma instituição que, na eventualidade, ainda era a que me incutia o maior respeito.
Mas, pensando bem, um Conselho é constituído por Conselheiros. E quando de um lado temos Sócrates, Almeida Santos e aquela figurinha patética de Carlos César e do outro temos Bagão Félix e António Capucho, eu peço licença para não ter muitas dúvidas sobre de que lado está a verdade. Em todo o caso, vir lavar a roupa cá para fora… só mesmo numa legislatura desgraçada e vergonhosa como esta que atravessamos.
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7 Comments:
As convicções são inimigos da verdade bem mais perigosos que as mentiras.
Quem o disse foi o Nietzche, e eu acho que ele tem uma certa razão.
Nelson, o Bagão Félix, pessoa que muito respeito, está como eu estou: já perdeu a paciência, ao ponto de não ter mão nele próprio. Mas há um limite de tolerância para a compulsiva falsidade socrática, e esse limite foi, há muito, ultrapassado. Pessoalmente, entendo que a reposição da verdade no que toca à nossa actual governação começa a exigir um verdadeiro espírito de «cruzada». ;-D
P.S.: Convém notar que o primeiro a romper o sigilo foi Sócrates com a sua peremptória negação.
Teófilo M.
Por acaso conheço esse pensamento de Nietzche e não me custa admitir a verdade nele encerrada. Só que o Sócrates que Nietzche conheceu não era Pinto de Sousa nem português...
Um pouco mais a sério, não me move propriamente uma convicção mas um friso de episódios factuais que não me deixam muitas dúvidas sobre o que se terá passado entre aquelas quatro paredes. Mas se reparar benm no post o que me choca mais ainda é trazerem esses factos cá para fora e se o Teófilo se lembra bem quem «começou» foi Sócrates na sua entrevista à RTP.
Luísa
O seu comentário entrou em simultâneo com a minha resposta ao Teófilo M. Curiosamente, comungamos, a Luísa e eu, da repulsa de ter sido Sócrates o primeiro a romper o sigilo. A obrigação dele deveria ter sido contornar a pergunta dos jornalistas, o que ele não fez. Falta-lhe estofo.
Quanto à falta de paciência, junte a minha à sua e à de Bagão Félix. Sei que é um terreno escorregadio e que o Teófilo até tem alguma razão quando fala no perigo das convicções. Mas Sócrates, realmente, faz transbordar toda a paciência, decoro, elegãncia e recato desejáveis. Não há forma já de tolerar este homem...
Socrates é um mentiroso compulsivo. Não é sequer tratável!
Cara Luísa e espumante, como não conheço bem o Sócrates, mas conheço razoavelmente bem o Bagão Félix, mantenho sempre uma forte dúvida quanto à isenção e sentido de estado do senhor.
Como daqui a 30 anos não estarei por cá, vou continuar com as dúvidas até que alguém com honestidade q.b. esclareça.
Teófil M.
Pois eu não conheço nem um nem outro, pelo que tenho de me basear em matéria factual. E nesse particular não hesito um segundo. Como está bem de ver...
Para mim, o único defeito de Bagão Félix é ser do Benfica :)))
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