terça-feira, abril 05, 2011

As Anas, Mários e correlativos



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Impossível passar ao lado de Guantanamo, agora que Barak Obama lançou a campanha para a sua reeleição . A prisão cubana, outrora tida como o fétiche de Bush e motivo de quase diárias considerações da esquerda escandalizada e politicamente correcta, não fechou. Continua em pleno funcionamento e é um dado mais ou menos adquirido que se manterá em funções. Quem não se lembra de como Obama tornou o encerramento de Guantanamo como uma das suas imagens de marca? E de como a nossa idiotia militante batia palmas de cada vez que Obama fazia essa promessa, leia-se, todos os dias? Onde andam as Anas Gomes? E os Mários Soares? Ou os Portas? E a nossa venerável galeria de gente impoluta e intelectualmente dotada que achava que Bush acordava todas as manhãs a fazer contas sobre quantos árabes torturaria nesse dia? Perderam o pio. Esses que referi, sim. As Anas e os Mários. Cumprida a sua missão (essa mesmo, de idiotas úteis) remeteram-se a um piedoso silêncio em torno da realidade política a que Obama, como se sabia, não poderia furtar-se. Tal como o séquito de jornalistas ansiosos pela palavra dos Mários e das Anas do nossos descontentamento.


Por mim, poderiam perder o pio para sempre. O problema é que todos os dias surge um novo Guantanamo por aí. E enquanto houver Obamas e Guantanamos temos os patetas militantes a azucrinarem-nos (este termo existe?) a cabeça.

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